Berlim, 9 jun (EFE).- Os chefes das quatro principais instituições europeias estão elaborando um amplo plano de reformas para reforçar o euro através de uma verdadeira união fiscal que impediria os países-membros se endividarem de maneira independente, afirmou neste sábado a revista alemã "Der Spiegel".
O plano estaria sendo organizado pelos presidentes da Comissão e do Conselho da UE, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy, com os presidentes do Eurogrupo e do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Juncker e Mario Draghi.
Segundo as fontes da União Europeia entrevistadas pela revista, dentro deste modelo os Governos disporiam de meios financeiros cobertos pela própria receita. Ainda de acordo com o plano, o país que necessitaria de mais dinheiro do que arrecada deveria comunicar os ministros de Economia e Finanças do Eurogrupo, fórum de ministro de Economia da zona do euro.
O Eurogrupo decidiria quais as necessidades financeiras de cada país e até que quantia seria justificável para cobrir mediante a emissão de dívida europeia comum.
"Der Spiegel" informou também que o grupo de ministros de Economia e Finanças teria um presidente honorífico que no final do processo de reformas se transformaria no ministro das Finanças da União Monetária. Enquanto isso, o Eurogrupo seria controlado por um novo grupo europeu formado por representantes dos diferentes Parlamentos nacionais.
O modelo pensado pelos os quatro chefes das principais instituições da UE teria como meta final a criação de uma sociedade europeia com garantias e iniciativa, mas até agora enfrentam oposição do Governo de Berlim.
A revista ainda ressalta que o plano funcionaria só para as novas dívidas assumidas. Dessa forma, os débitos passados, motivo da atual crise financeira, seriam solucionados por cada um dos Estados. EFE