Bitcoin cai abaixo de US$ 114 mil em meio à cautela pré-Jackson Hole
Por Patricia Vilas Boas
SÃO PAULO (Reuters) - A Raízen registrou prejuízo líquido de R$1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, após registrar lucro de R$1,1 bilhão no mesmo período da safra anterior (2024/25), com impacto de deterioração no desempenho operacional do período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia caiu 23,4% nos primeiros três meses da safra 2025/26 em relação à mesma etapa do ano safra anterior, totalizando R$1,9 bilhão, abaixo da expectativa média de analistas de R$2,16 bilhões, segundo pesquisa da LSEG.
Analistas também esperavam um prejuízo menor, de R$884,7 milhões, de acordo com média das estimativas reunidas pela LSEG.
A empresa destacou ainda que a base de comparação do primeiro trimestre da safra 2024/25 contemplou o reconhecimento de R$1,8 bilhão em créditos tributários.
Na parte operacional, a Raízen atribuiu a redução na performance ao desempenho inferior no segmento de distribuição de combustíveis na Argentina, "pontualmente impactado pela parada para manutenção da refinaria, mais extensa que o previsto, e por efeitos negativos de inventário".
Segundo a companhia, esses efeitos foram parcialmente compensados pelo melhor desempenho no segmento de distribuição de combustíveis no Brasil e pelos ganhos de eficiência obtidos com a revisão das estruturas organizacionais e gestão de gastos da Raízen, que levaram à queda de quase 20% nas despesas gerais e administrativas, desconsiderando provisão não recorrente.
No mês passado, a Raízen anunciou a venda de 55 usinas de geração distribuída de energia para a Thopen Energia e Grupo Gera e a decisão de descontinuar operações da Usina Santa Elisa, em São Paulo, por tempo indeterminado como parte de sua estratégia de reciclagem de portfólio.
"Iniciamos um novo ciclo nesta safra, sustentado em quatro pilares: simplificação do portfólio, foco no core business, eficiência operacional e fortalecimento da estrutura de capital", afirmou a empresa em mensagem que acompanha o balanço.
A receita líquida da maior produtora global de açúcar e de etanol de cana somou R$54,2 bilhões no período, recuo de 6,1% na base anual, mas levemente acima do esperado no mercado, de R$50,2 bilhões.
A alavancagem da companhia, por sua vez, encerrou junho em um patamar de 4,5 vezes, contra 2,3 vezes um ano antes.