O rali nos prêmios dos títulos soberanos – uma reação aos próximos capítulos de aperto monetário sinalizados por bancos centrais mundiais –, deu uma trégua. A situação abre um melhor caminho para as bolsas, que ontem se reconduziram à senda positiva, apesar de que incertezas ainda pairam no ar. Nesta manhã, os futuros de índices norte-americanos sinalizavam alta, no mesmo passo das bolsas europeias.
O índice STOXX Europe 600 subia mais de 1% - as ações de tecnologia se recuperavam e uma série de balanços alentavam os investidores. Os papéis da Adyen NV (AS:ADYEN) disparavam mais de 11% antes da abertura das bolsas, depois que a empresa holandesa de pagamentos online divulgou um crescimento de receita no segundo semestre em linha com as estimativas dos analistas. A Amundi SA (PA:AMUN), a maior gestora de ativos da Europa, anotava a maior valorização de seus papéis em um ano, uma resposta a uma captação de clientes mais vultosa que a esperada pelos economistas.
Os títulos de 10 anos do Tesouro, que haviam registrado os maiores prêmios desde 2019, há pouco recuavam. Na Europa, os prêmios também cediam, depois de declarações do dirigente do Banco da França, François Villeroy, de que os investidores podem ter reagido de forma exagerada ao que consideram um giro restritivo do Banco Central Europeu (BCE).
O petróleo mantinha o ritmo de queda. Os traders pesam as tensões na Europa Oriental e a retomada das negociações nucleares do Irã. O alumínio era negociado perto do nível mais alto em mais de 13 anos. E o Bitcoin, em declínio, se situava abaixo de US$ 44.000.