Recessão poderia trazer mais dificuldades para mineradoras, exceto no ouro

Publicado 11.04.2025, 06:26

Investing.com — Um eventual cenário de recessão nos mercados globais poderia trazer novos desafios para empresas do setor de metais e mineração. Segundo analistas do Barclays (LON:BARC), o desempenho dessas companhias tende a se deteriorar em ciclos econômicos mais fracos, enquanto o ouro permanece como o ativo mais resiliente no curto e médio prazo.

Estudos de ciclos anteriores mostram que as mineradoras frequentemente apresentam retorno inferior até um ano após o início oficial de uma recessão, em linha com a queda das commodities para níveis próximos ao custo marginal de produção. Nesses momentos, o desempenho do setor, tanto em termos absolutos quanto relativos, tende a acompanhar a trajetória do ISM dos EUA, sendo que pontos de inflexão costumam ocorrer quando o indicador recua para a faixa dos 45 pontos, segundo os especialistas.

No radar dos investidores também está a possibilidade de a China anunciar novos pacotes de estímulo, com valores estimados em pelo menos CNY 7,5 trilhões. A medida seria uma tentativa de mitigar os efeitos de novas tarifas comerciais e sustentar a meta de crescimento de 4% do PIB, o que pode contribuir para uma recuperação antecipada do sentimento nos mercados.

Ainda assim, o Barclays projeta correções adicionais nos preços de commodities industriais. Com base em curvas de custo históricas, o cobre pode recuar mais 15%, o alumínio até 16% e o zinco cerca de 25%. Os contratos futuros da LME já refletem parte dessa tendência: cobre e zinco acumulam perdas superiores a 10% desde o fim de março. Apesar disso, os preços seguem acima dos níveis de custo marginal, o que sugere que ainda há espaço para desvalorização antes que cortes de produção mais amplos comecem. A exceção, neste momento, é o carvão térmico, onde encerramentos de operações já estão em curso.

Nesse ambiente, o ouro se consolida como a principal proteção dentro do universo de commodities. Os analistas destacam que a combinação de um dólar americano mais fraco, aumento da volatilidade e compras contínuas de bancos centrais favorece a demanda pelo metal. Mesmo com os preços em patamares elevados, a exposição dos investidores ao ouro segue limitada, o que abre espaço para movimentos de reposicionamento.

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As ações de mineradoras de metais preciosos surgem como alternativa de menor custo dentro da cobertura do Barclays. Destaque para a Endeavour Mining Corp (TSX:EDV) e a Hochschild Mining PLC (LON:HOCM), apontadas como preferidas pelos analistas.

Entre os nomes mais diversificados, Rio Tinto (LON:RIO) (BVMF:RIOT34) (NYSE:RIO), BHP Group Ltd (LON:BHPB) e Vale (BVMF:VALE3) (NYSE:VALE) seguem negociando próximas ao limite de suporte das curvas de custo, em torno de 0,9 vez o valor presente líquido (VPL). Mesmo assim, as cotações ainda não atingiram os múltiplos mínimos históricos, tradicionalmente abaixo de 0,6 vez o VPL.

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