Por Sarah White e Gilles Guillaume
PARIS (Reuters) - O presidente do conselho da Renault, Jean-Dominique Senard, disse nesta quinta-feira que havia um "desejo real" no comando da aliança da montadora com a Nissan de fazer sucesso, rejeitando as sugestões de que a parceria de duas décadas pode estar perto do fim.
A aliança franco-japonesa foi prejudicada pela prisão em novembro de 2018 em Tóquio de seu arquiteto e chefe de longa data Carlos Ghosn, acusado de crimes financeiros, que ele nega.
Tentativas de restaurar a calma foram recentemente frustradas pela fuga dramática de Ghosn da justiça japonesa e por uma série de alegações que ele fez no Líbano, incluindo que ele foi vítima de uma conspiração para expulsá-lo e que a aliança agora é um "disfarce".
A Nissan negou vigorosamente qualquer sugestão de conspiração, enquanto a empresa japonesa e a Renault rejeitaram sugestões de que sua parceria de 20 anos está desmoronando.
"Temos um conselho que supervisiona a aliança, composto por pessoas extremamente favoráveis à aliança", disse Senard em entrevista a repórteres, defendendo as mudanças que ele fez desde que ingressou na Renault após a prisão de Ghosn.
"Existe um desejo comum de associar nossos planos estratégicos e um desejo real de tornar essa aliança um sucesso", acrescentou, descrevendo reportagens de que a Nissan estava trabalhando em cenários para um possível futuro fora da aliança como "notícias falsas".
Senard se recusou repetidamente a comentar qualquer coisa relacionada a Ghosn, acrescentando: "Eu só penso no futuro."