LONDRES (Reuters) - A polícia prendeu um homem e uma mulher após operadores ocultos de drones prejudicarem o funcionamento do aeroporto de Gatwick, em Londres, por três dias, invadindo repetidas vezes o campo aéreo e provocando uma resposta de segurança em larga escala.
O segundo maior aeroporto do Reino Unido voltou a operar neste sábado, após ter sido forçado a fechar pousos e decolagens às vésperas do Natal, devido à presença de drones no local, no sul de Londres. Trata-se da mais intrusiva incursão de veículos aéreos não tripulados no espaço aéreo de um grande aeroporto.
A polícia disse ter feito duas prisões na noite de sexta-feira, um homem de 47 anos e uma mulher de 54 anos que são da região. Eles continuam sob custódia, sob suspeita de atrapalhar os serviços da aviação civil.
Nenhum grupo específico assumiu responsabilidade pelo episódio, que forçou o cancelamento ou desvio de cerca de mil voos, afetando 140 mil passageiros ao longo de três dias.
O aeroporto, que fechou sua pista por toda a quinta-feira, bem como por alguns períodos na quarta e na sexta, disse estar previsto para funcionar sem interrupções neste sábado.
Contudo, o aeroporto alertou que os passageiros devem esperar por atrasos e cancelamentos, na medida em que as operações continuam a se normalizar em meio à sua mais grave interrupção desde 2010, quando um vulcão na Islândia lançou uma nuvem de cinzas sobre o espaço aéreo.
"Continuamos a pedir ao público, aos passageiros e à toda comunidade ao redor de Gatwick para se manterem vigilantes", disse o superintendente James Collins em um comunicado.
A interrupção começou na quarta-feira, quando Gatwick foi forçado a cancelar todos os voos depois de localizar pequenos drones próximos ao campo de voo. Sempre que as autoridades tentavam reabrir a pista na quinta, os drones retornavam.
O controle sobre o campo aéreo foi finalmente restaurado depois de o Exército mobilizar uma tecnologia não identificada para restaurar a segurança na área, dando garantias ao aeroporto de que era seguro o bastante para retomar os voos.
(Reportagem de Kate Holton)