Por Julie Steenhuysen
CHICAGO (Reuters) - Pessoas que correm alto risco de graves doenças e que ainda não receberam uma segunda dose de reforço contra Covid-19 não devem esperar a próxima geração de vacinas direcionadas à Ômicron que é esperada para o outono do hemisfério norte, disseram cinco especialistas em vacinas à Reuters.
Em muitos países, incluindo nos Estados Unidos, a sub-variante BA.5 da Ômicron está crescendo, mas as atuais vacinas continuam oferecendo proteção contra internações com doenças graves e mortes.
E, à medida em que o vírus evolui, ainda não se sabe qual versão estará em ampla circulação no outono ou se as novas vacinas --que devem ter como alvo a BA.4/5 nos Estados Unidos e a BA.1 na Europa-- serão uma boa combinação.
“Se você precisa do reforço, receba-o agora”, disse o médico John Moore, professor de microbiologia e imunologia do Weill Cornell Medical College, que co-escreveu um editorial sobre o assunto publicado na sexta-feira.
Nos Estados Unidos, órgãos reguladores pediram que a Pfizer (NYSE:PFE), em parceria com a BioNTech (NASDAQ:BNTX), e a Moderna (NASDAQ:MRNA) desenvolvam vacinas que atinjam as primas BA.4 e BA.5 da Ômicron, e também o vírus original.
Reguladores norte-americanos esperam que vacinas atualizadas que visam a cepa original e uma variante da Ômicron forneçam proteção maior contra futuras variantes e acreditam que um reforço mais próximo da versão que está circulando é valioso.
Dado o surto atual e a redução da imunidade das pessoas, especialistas disseram à Reuters que o melhor reforço ao grupo de risco é o que está disponível.