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Seca de IPOs vai ter fim? Veja o que esperam os analistas

Publicado 23.08.2023, 16:27
© B3

Investing.com – Com última abertura de capital realizada na bolsa de valores brasileira somente em 2021, o ambiente macroeconômico pressionado, com juros elevados, fez com que as empresas postergassem seus planos. No entanto, no entendimento de analistas consultados pelo Investing.com Brasil, as perspectivas para o restante do ano, e principalmente para 2024, são mais otimistas. Entre os possíveis setores para as próximas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês para initial public offering), estão construção civil, infraestrutura e energia.

"Desde agosto de 2021, a B3 (BVMF:B3SA3) não vê novas estreantes sendo negociadas. Isto tem um impacto relevante não só para o mercado financeiro, mas para as empresas que enxergam o IPO como uma importante fonte de captação de recursos para financiar seus planos de expansão e investimentos”, ressalta Érico Nikaido, sócio do Ártica Assessoria Financeira.

Nikaido cita como motivos para falta de IPOs no ano passado o período eleitoral, que gerou incertezas em relação à política econômica e fiscal do novo governo. Ainda, em sua visão, persistia a percepção por parte dos investidores de alto risco de descontrole fiscal por parte do governo federal.

“A política fiscal para aliviar os efeitos da pandemia teve como consequência um aumento das taxas de inflação. A partir de 2021, o Bacen se viu obrigado a iniciar uma série de aumento de taxa de juros para controlar esta inflação. Com as taxas de juros mais alta, o investidor ficou cada vez mais exigente em termos de risco-retorno e os ativos de maior risco, como é o caso das ações, se tornaram menos atraentes que um investimento em um título do governo, por exemplo”.

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Perspectivas para IPOs

Gilvan Bueno, sócio e gerente educacional da Órama, lembra que os anos de 2020 e 2021 foram excelentes para o mercado financeiro, com uma safra muito boa de IPOs. Os IPOs hoje são mais questionados, segundo ele. “Um relatório recente mostra que as empresas tiveram menor receita e maior lucratividade, uma vez que as empresas organizaram a parte financeira, fizeram ajustes necessário para melhorar a lucratividade do negócio”.

Bueno aponta que hoje há uma fila de mais de 90 empresas que visam realizar IPO, como Madero, Casa e Vídeo, entre outras, mas eventuais aberturas devem depender de variáveis como o controle inflacionário no Brasil e no ambiente internacional, a perspectiva de crescimento dos Estados Unidos e o impacto da China para a recuperação econômica. No cenário interno, um melhor alinhamento entre políticas fiscais e monetárias também é destacado pelo especialista como fator para que haja uma retomada da confiança dos investidores.

“E as empresas vão ter que oferecer, por exemplo, uma lucratividade acima da projeção do PIB, melhor eficiência, organização de endividamento. Então, a gente pode ter uma safra de IPOs se a gente tiver resposta para essas situações”.

Nikaido acredita que, ao longo deste ano, o cenário ficou mais claro em relação às incertezas que afastaram os investidores dos IPOs nos últimos anos, com o andamento da reforma tributária, aprovação do arcabouço fiscal, arrefecimento da inflação e início do ciclo de flexibilização nos juros. “Apesar de existirem muitas incertezas – a exemplo de qual será o desenho final da reforma tributária -, vemos investidores mais animados em alocar recursos na bolsa”, avalia.

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No primeiro semestre deste ano, Nikaido follow-ons importantes como Dasa (BVMF:DASA3), Orizon (BVMF:ORVR3), Assaí (BVMF:ASAI3), Smartfit (BVMF:SMFT3), Oncoclínicas (BVMF:ONCO3), Localiza (BVMF:RENT3), Hapvida (BVMF:HAPV3), CVC Brasil (BVMF:CVCB3) e Vamos (BVMF:VAMO3). “Geralmente os follow-ons precedem o movimento de novas estreantes na bolsa”, reforça.

De acordo com o especialista, houve melhoria no sentimento frente ao segundo semestre, com projeções revisadas para cima do Produto Interno Bruto (PIB) e da classificação de risco pela agência Fitch, o que indica percepção mais positiva dos agentes externos em relação ao Brasil, o que pode contribuir para que capital estrangeiro seja direcionado para os IPOs nos próximos meses.

“Esperamos a retomada de IPOs no final deste ano ou início do ano que vem, em particular, em operações maiores (acima de R$1 bilhão), de empresas robustas e geradoras de caixa e com boa taxa de crescimento. Setores de construção civil, infraestrutura, energia devem puxar a fila da retomada dos próximos meses."

Marcelo Benchimol Saad, sócio da Laplace Finanças, concorda que a janela está mais aberta para IPOs nesse segundo semestre, com um ambiente macroeconômico mais favorável diante da tendência de continuidade na queda da Selic, crescimento da economia e andamento de reformas governamentais

Ao lembrar os casos de BRF (BVMF:BRFS3) e Copel (BVMF:CPLE6), Saad concorda que os follow-ons são bons indicativos para melhora do humor para eventuais IPOs, pois são considerados mais fáceis, tendo em vista que possuem como base as ações cujos preços são conhecidos pelo público. Entre possíveis setores com abertura à frente, Saad cita infraestrutura e energia.

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"O mercado financeiro também vem enxergando a demanda das empresas se materializando, as pessoas dispostas a voltar ao mercado, a tentar uma operação em função disso. É isso que cria o mercado, a demanda de oferta, e a gente acha que os dois assim estão progressivamente se firmando", reforça Saad.

Cautela dos investidores

A última grande leva de IPOs registrou quedas robustas nos papéis de muitas companhias com aberturas recentes, o que leva a uma maior cautela do investidor, que desconhece muitos indicadores necessários para um melhor entendimento da empresa.

Em um ambiente de juros mais baixos, há o favorecimento da tomada de risco, mas com Selic elevada, as pessoas não precisam tomar tanto risco e demonstram maior apreensão, reforça Saad.

O investidor apenas deve optar por investir em uma empresa com abertura de capital se houver clara oportunidade, sem concentração na carteira daquele ativo, mitigando o risco, orienta.

Ibovespa: Após primeiro semestre em alta, o que pode motivar a bolsa brasileira? Confira no vídeo abaixo e siga o Investing.com Brasil no Youtube.

Últimos comentários

corram disso. pega trouxa total. todas foram para o brejo. a insistência é tamanha dos gerentes de banco e corretora, tirar o seu dinheiro rendendo 13%;livre de imposto para entrar nessa fria.
A Sardinhada que comprou IPO em 2021 tá levando sabugo🌽 até hoje. #Forget
véia é veia do veio. né Véio. PELAMOR. é pracaba......
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