Investing.com - O Bank of America (NYSE:BAC) divulgou os resultados da sua pesquisa mensal sobre o sentimento dos gestores de fundos globais, mostrando que sua visão sobre os mercados, em julho, ainda é pessimista, na maior parte dos casos.
A maioria dos investidores institucionais pesquisados espera o início de uma recessão leve nos EUA no futuro próximo. Ao mesmo tempo, as apostas em um “pouso suave” aumentaram para 68%, número significativamente maior do que os 21% que esperam um cenário de “pouso forçado”.
Segundo os estrategistas do banco, o atual regime de política econômica de "afrouxamento fiscal-aperto monetário" é o mais extremo desde 2008. O maior "risco extremo" ainda é a inflação ou um erro de política monetária, com 45% dos investidores compartilhando essa opinião. Em seguida, um possível aperto de crédito é citado por 18% dos investidores (em abril esse número era de 35%). Os estrategistas também apontam que os CRE (sigla para "Commercial Real Estate", ou imóveis comerciais) são vistos como o catalisador mais provável para um "evento de crédito", com 40% dos investidores compartilhando essa visão.
Quanto ao impacto da inteligência artificial nos negócios, 42% dos investidores acreditam que as empresas terão lucros maiores. Além disso, as expectativas de lucro por ação (LPA) são as menos pessimistas desde fevereiro do ano passado.
Em relação à alocação de portfólio, os investidores estão menos posicionados em commodities em relação à média dos últimos três anos, enquanto a alocação em ações atingiu o seu ponto mais alto nos últimos sete meses.
O setor de tecnologia lidera, com a estratégia "long Big Tech" (compra de ações de grandes empresas de tecnologia) sendo considerada a operação mais visada, com 59% dos investidores adotando essa posição. Em segundo lugar, está a estratégia "long Japan" (compra de ações do Japão), adotada por 14% dos investidores.
Os estrategistas também observam que houve uma grande redução de posições vendidas em ações dos EUA (de 44% para 10%) e essa é a primeira vez no ano em que os investidores estão com alocação abaixo da média na zona do euro. Além disso, há a maior alocação acima da média em indústrias globais desde fevereiro de 2022. Por outro lado, houve a maior queda na alocação de saúde desde janeiro de 2021. Os estrategistas sugerem que os investidores contrários a essa tendência poderiam adotar uma posição a favor de commodities, bancos e REITs (Fundos de Investimento Imobiliário) e uma posição contrária em relação a tecnologia, indústrias e Japão.