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Shein no Brasil: Quais impactos para players varejistas de moda locais?

Publicado 25.04.2023, 15:52
Atualizado 25.04.2023, 15:57
© Reuters

Investing.com – Após o anúncio da gigante chinesa Shein de que tornará o Brasil um polo de produção e exportação, outros players do varejo de moda podem ter que mudar suas estratégias a nível local, em um ambiente de competição já acirrada. A expectativa da empresa, com sede em Singapura, é passar a produzir 85% do portfólio no mercado brasileiro.

A companhia de moda, beleza e estilo de vida anunciou investimentos de R$750 milhões e a criação de 100 mil vagas no país, passou a ofertar vagas de trabalho no Linkedin e abriu escritório em São Paulo, na avenida Brigadeiro Faria Lima, com área de mais de 1600 m². As atenções se voltaram à produção da Shein após a equipe econômica do governo tentar, sem sucesso, exigir a taxação de compras de até US$50 para pessoas físicas. O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou a isenção para o e-commerce como uma forma de “camelódromo digital”.  Com a repercussão negativa da medida, o governo voltou atrás.

Após o anúncio, em relatório divulgado ontem aos clientes e ao mercado, o Santander (BVMF:SANB11) avaliou as implicações para os players locais como mistas, considerando as companhias de varejo listadas na B3 (BVMF:B3SA3). “Embora o aumento da supervisão regulatória possa ter um efeito de impacto na competitividade de curto prazo do varejista online chinês, o investimento sinaliza uma mudança em direção a um modelo de negócios mais sustentável”, destaca o banco.

Segundo os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, o compromisso da Shein pode levar os principais players da moda a reavaliar suas estratégias de cadeia de suprimentos. “Acreditamos ainda que os varejistas locais devem equilibrar os benefícios e riscos dessa transformação, e tomar medidas como investir em parcerias com fornecedores, acelerar a adoção do comércio eletrônico e gerenciamento de riscos de lucratividade devido ao aumento da concorrência e pressão de preços”, completam. Entre as outras possíveis mudanças, estariam adoção acelerada do e-commerce em todo o segmento e alterações na rentabilidade diante da competição elevada por mão de obra qualificada.

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Entre as beneficiadas, está a Coteminas (BVMF:CTNM4), que firmou parceria com a Shein para permitir que 2000 clientes confeccionistas da empresa, que pertence ao empresário e presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, se tornem fornecedores da Shein. A chinesa vai proporcionar financiamento e capital de giro. Ontem, as ações preferenciais da Coteminas fecharam o pregão em alta de 195,87%.

No entanto, o Santander acredita que uma maior fiscalização nas importações pode prejudicar os negócios da Shein no Brasil, pois as importações de pequeno valor contemplam maior parcela das vendas da companhia.

O Santander considera misto o impacto potencial dos investimentos nas varejistas de moda, e avalia que os players locais precisam aprender muito com a eficiência da cadeia de suprimentos chinesa. “Embora vejamos isso como uma notícia potencialmente favorável para os varejistas de vestuário listados, ainda acreditam que os preços dos produtos da Shein continuarão bastante competitivos, mesmo supondo que, na média, os preços ao final usuários poderiam potencialmente aumentar em ~60% e considerando o pagamento de impostos de importação”, completam.

O Santander possui recomendação outperform para ações da Lojas Renner (BVMF:LREN3), com preço-alvo de R$30, além de classificação neutra para C&A (BVMF:CEAB3), com preço-alvo de R$2,40.

Já o Itaú BBA avalia o assunto também como misto, levando em conta um novo player “faminto” no mercado, mas um nivelamento do jogo local.

Se por um lado, o ambiente competitivo entre as companhias domésticas de vestuário se torna mais desafiador, a Shein passaria a estar “sujeita às mesmas leis brasileiras e estrutura regulatória de seus pares”, reforça em relatório.

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Conforme apontado pelos analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Clara Lustosa e Kelvin Dechen, os players domésticos de vestuário estarariam em melhor posição para a competição a nível local. “Em nossa opinião, competir com as operações internacionais da Shein foi muito mais desafiador, dada a provável vantagem de preço relacionada aos custos de fabricação chineses”.

O Itaú BBA considera o mercado brasileiro de vestuário muito fragmentado e espera que haja espaço para coexistência das companhias.

Às 15h45 (de Brasília), as ações da Lojas Renner recuavam 3,71%, a R$14,54.

Enquanto isso, os papéis da C&A caíam 0,97%, a R$0,76.

As ações ordinárias do Grupo Soma (BVMF:SOMA3) desabavam 6,20%, a R$7,56 e as da Coteminas  disparavam 20,65%, a R$14,49.

Últimos comentários

Haddad fez um excelente trabalho ao não fazer vista grossa às grandes varejistas chinesas, bem diferente de Bolso-guedes que morriam de medo do ditador XI ao deixar o Brasil um paraíso fiscal aos chineses, sem contrapartida. Quanto aos grandes lojistas de varejo nacionais, o jogo será equilibrado ao findar fraude fiscal nas importações dos tiktokers das dancinhas bonitinhas improdutivas.
Pedro Vieira da Silva
Será que estou vendo um novo programa da esquerda "Mais Costureiras" vindo da China.
Diga mais bobagens. Aguardamos!
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