O sindicato United Auto Workers (UAW) está pronto para convocar mais paralisações na sexta-feira, 29, dando início a terceira semana de greves. Espera-se que o presidente do UAW, Shawn Fain, divulgue as novas metas do local durante uma transmissão ao vivo para os membros às 11 horas (horário de Brasília) desta sexta.
Novas paralisações de trabalho se somariam aos mais de 18 mil trabalhadores nas fábricas e instalações de distribuição de peças das empresas General Motors (NYSE:GM), Ford (NYSE:F) Motor e Stellantis (NYSE:STLA), controladora da Chrysler.
O número total atual de greves representa cerca de 12% dos 146 mil trabalhadores do sindicato nas empresas de Detroit.
Na quinta-feira, havia cerca de 6 mil funcionários fora do trabalho ou em risco de serem demitidos devido aos efeitos das greves em instalações, de acordo com as divulgações das empresas.
Desde o início das greves até quinta-feira, a estimativa de perda de produção decorrente da paralisação totalizou cerca de 36 mil veículos, de acordo com a empresa de pesquisa GlobalData. As três empresas juntas produziram cerca de 600 mil veículos por mês, em média, este ano até agosto.
A redução na produção provavelmente não será sentida pelos compradores de carros por várias semanas, porque as empresas tinham suprimentos desses veículos nas concessionárias ou em trânsito para as lojas. A maior preocupação entre os revendedores é a iminente escassez de peças devido à paralisação dos centros de distribuição.
As negociações entre o sindicato e as três empresas continuaram nesta semana, mas sem avanços significativos.
O sindicato tem pressionado por aumentos salariais de até 40% ao longo de quatro anos, juntamente com o retorno dos ajustes de custo de vida e mais tempo livre remunerado.
As empresas fizeram uma contraproposta com aumentos salariais de cerca de 20%, além de outros benefícios, e coletivamente classificaram as ofertas como as mais competitivas que já fizeram na história. Fonte: Dow Jones Newswires