Dois dos maiores bancos da Europa com grande exposição à Rússia contornaram os efeitos da guerra na Ucrânia, registrando alta no lucro mesmo com perdas em empréstimos inadimplentes. O italiano Unicredit (BIT:CRDI) e o francês Société Générale (EPA:SOGN) têm operações locais na Rússia, país que sempre incluiu risco geopolítico, mas tinha também um mercado crescente e com rápido crescimento, antes da guerra.
No mês passado, o Société Générale informou que estava vendendo seu negócio na Rússia a seu ex-dono e um dos homens mais ricos do país, Vladimir Potanin, com uma perda para a receita do banco de 3,1 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões). Nesta quinta-feira, o banco disse que destinou 451 milhões em provisões para empréstimos inadimplentes no primeiro trimestre, uma parcela relacionada a suas operações na Rússia.
O Unicredit, por sua vez, destinou 1,3 bilhão de euros em provisão para perdas em empréstimos no primeiro trimestre deste ano. No fim de abril, o banco italiano disse que tinha exposição total à Rússia de 7 bilhões de euros.
Apesar das provisões, os dois bancos registraram lucro. Os negócios na Rússia são pequenos em relação ao restante das operações, nos dois casos.
O Société Générale teve lucro líquido de 842 milhões de euros no primeiro trimestre e o Unicredit, de 247 milhões de euros. Excluindo-se a Rússia, o lucro líquido do banco italiano foi de 1,16 bilhão de euros, informou o Unicredit.