Por Supantha Mukherjee
ESTOCOLMO(Reuters) - O Spotify (NYSE:SPOT) Technology superou as estimativas de Wall Street para a receita do terceiro trimestre, à medida que mais usuários assinavam seu serviço premium e anunciantes faziam fila para veicular anúncios entre músicas e podcasts.
Os assinantes premium, que respondem pela maior parte da receita da empresa, atingiram 172 milhões, ante expectativas dos analistas de 171,7 milhões. O total de usuários ativos mensais aumentou 19%, para 381 milhões.
A receita total subiu 27%, para 2,50 bilhões de euros no terceiro trimestre, superando os 2,45 bilhões esperados por analistas, de acordo com dados do IBES da Refinitiv. A empresa registrou um lucro líquido de 2 milhões de euros, em comparação com um prejuízo de 101 milhões de euros um ano antes. A receita com anúncios, que caiu no auge da pandemia, saltou 75%, para 323 milhões de euros, e a empresa planeja contratar centenas de funcionários para aumentar ainda mais as vendas de anúncios. A empresa também tem investido pesado em seu negócio de podcast para rivalizar com o da Apple (NASDAQ:AAPL) e, tardiamente, lançou uma plataforma de assinatura paga para podcasters nos Estados Unidos e a abriu para publicidade. "Estamos vendo muita demanda no lado do podcasting, o que está atraindo mais anunciantes", disse o presidente-executivo, Daniel Ek, em uma entrevista.
A empresa não divide a parcela de publicidade gerada por podcasts, mas Ek disse que o crescimento foi de três dígitos em relação ao mesmo período do ano passado, tornando-se um contribuidor significativo para o crescimento geral da publicidade. O Spotify se aventura em podcasts desde 2018 com uma série de aquisições e atualmente tem 3,2 milhões de podcasts em sua plataforma, contra 2,9 milhões no último trimestre.
A empresa prevê receita no quarto trimestre de 2,54 bilhões a 2,68 bilhões de euros com expectativa de 177 a 181 milhões de assinantes premium. A extremidade superior de ambas as medidas supera as médias das estimativas dos analistas - de 2,62 bilhões de euros para a receita e 180 milhões de assinantes.
(Reportagem de Supantha Mukherjee em Estocolmo)