Por Jane Lanhee Lee
OAKLAND, Estados Unidos (Reuters) - Uma nova startup dedicada à computação quântica e nascida de pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), chamada QuEra Computing, anunciou nesta quarta-feira que levantou 17 milhões de dólares de investidores, incluindo a gigante japonesa de comércio eletrônico Rakuten.
Embora existam várias tecnologias para a criação dos chamados bits quânticos, os qubits da QuEra usam átomos neutros em uma câmara de vácuo, onde são resfriados e controlados por laser.
“De 2015, quando tínhamos um laboratório vazio, até 2017, o trabalho que estávamos fazendo em Harvard e MIT já estava no estágio em que podíamos controlar 51 desses qubits de átomos neutros”, disse Alex Keesling, presidente da QuEra e co-inventor da tecnologia. Keesling disse que essa tecnologia é fácil de ser desenvolvida e que a QuEra terá um computador de 1.000 qubits em dois anos. Atualmente, a empresa tem uma máquina de 256 qubits de capacidade, disse ele.
A IBM (NYSE:IBM), cujos computadores quânticos já estão disponíveis via computação em nuvem, tem como objetivo uma máquina de mais de 1.000 qubits em 2023. Vários pesquisadores de computadores quânticos afirmam ser difícil comparar o desempenho de diferentes máquinas apenas com base no número de qubits.
Para quem deseja testar a máquina da QuEra, Keesling disse que a meta é disponibilizá-la por meio de serviços de computação em nuvem até o terceiro trimestre do ano que vem.
Embora haja algum debate sobre quando os computadores quânticos serão capazes de decifrar problemas do mundo real, os pesquisadores acreditam que essas máquinas podem operar milhões de vezes mais rápido do que os supercomputadores mais avançados de hoje, tornando possíveis tarefas como mapear estruturas moleculares complexas e reações químicas, além de impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial.