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STJ retira hidrelétrica atingida por Samarco de sistema de realocação de energia

Publicado 06.10.2021, 18:47
Atualizado 06.10.2021, 19:55
© Reuters. Resquícios do rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco em Mariana (MG) 
06/11/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

SÃO PAULO (Reuters) - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu nesta quarta-feira pedido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para retirar a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, paralisada desde 2015 após ter sido atingida pelo desastre da Samarco, do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

A corte especial acompanhou por unanimidade o voto do presidente do STJ, ministro Humberto Martins, pela revisão de decisão anterior que havia indeferido pedido da Aneel.

Para o ministro, se o pedido da Aneel não fosse acolhido, traria prejuízo econômico aos consumidores e beneficiaria indiretamente a mineradora Vale (SA:VALE3), uma das donas da hidrelétrica e também sócia da Samarco, joint venture na qual tem sociedade com a BHP.

A Vale é sócia do Consórcio Candonga, operador da usina, que vinha recebendo repasses --apesar de a unidade estar parada desde 2015--, por meio do sistema de compartilhamento de riscos de geração do setor elétrico, que funciona como um condomínio.

Segundo o STJ, como o risco hidrológico das usinas é assumido pelos compradores de energia, o impacto dos mais de 424 milhões de reais já pagos à hidrelétrica Risoleta Neves afetaria os consumidores das concessionárias de distribuição.

Martins ressaltou que a Samarco, "responsável direta pelo desastre ambiental que ocasionou assoreamento dos reservatórios da Usina Risoleta Neves", tem como acionista a Vale, ao passo que o Consórcio Candonga também é controlado pela mineradora.

Ele lembrou que o consórcio continuou a receber receita oriunda da venda de energia sem real geração, em detrimento dos recursos gerados por outras usinas do sistema MRE.

© Reuters. Resquícios do rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco em Mariana (MG) 
06/11/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

Procurada, a Vale afirmou que como integrante do Consórcio Candonga, avaliará os termos da decisão (ainda não publicada).

Mas reiterou que "independentemente do resultado da ação, a Vale já apresentou proposta à Aneel para neutralizar os efeitos financeiros da aplicação do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE)", conforme já havia informado antes.

(Por Roberto Samora)

Últimos comentários

resumo... a usina recebeu 424M sem produzir energia pois foi danificada pela propria dona da usina! BRASIL!
Como pode né! acordos ridículos, sem fundamento, que beneficiam os próprios prejudicados. Só faltam "estocar vento" tbem.
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