Investing.com - Após pedir o registro para abertura de capital na Nasdaq na segunda-feira, a empresa de meio de pagamentos Stone planeja que o desembarque no mercado americano aconteça após o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. A expectativa é a companhia seja avaliada entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões. As informações são da Coluna do Broad, do Estadão.
A adquirente teve faturamento de R$ 636 milhões no primeiro semestre de 2018, o que representa um alta de 92% na comparação com o mesmo período de 2017. A expectativa é que em 2018, reverta o prejuízo de R$ 76 milhões de 2017 e lucre R$ 250 milhões.
Segundo o prospecto preliminar da oferta, Itaú BBA, Credit Suisse, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, JPMorgan, Citigroup e BTG Pactual vão coordenar a operação, que envolve ofertas primárias e secundárias.
Na semana passada, a brasileira Arco Educação abriu seu capital na bolsa americana e atingiu uma demanda que superou a oferta em mais de dez vezes junto aos investidores. Já a PagSeguro (NYSE:PAGS) fez seu IPO na NYSE, movimentando R$ 7 bilhões em seu IPO, em janeiro. E já fez uma oferta subsequente (follow on) em junho último.
A empresa informou no prospecto de registo que tem cerca de 200 mil clientes, um avanço de 127 por cento em 12 meses. O prospecto também afirma que a Stone teve receita de 635,7 milhões de reais no primeiro semestre, crescimento de 92 por cento ante mesma etapa de 2017.
Além disso, a empresa diz que teve lucro líquido de 88 milhões de reais de janeiro a junho, ante prejuízo de 76 milhões de reais um ano antes, e que tem cerca de 5,4 por cento do mercado de meios eletrônicos de pagamentos.
Os investidores na Stone incluem André Street e Eduardo Pontes, assim como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira, fundadores da 3G Capital e também investidores da Anheuser Busch Inbev e da Kraft Heinz.
A Madrone Capital Partners, firma americana de investimentos que gere a fortuna da família Walton, maior acionista da varejista Wal-Mart, também está entre os acionistas da Stone, assim como as gestoras Gavea e Actis.
No prospecto, a Stone afirma que há crescente oportunidade no Brasil para maior uso dos meios eletrônicos de pagamentos. A empresa revelou ainda planos para operar serviços de gestão como CRM, programas de fidelidade.
Segundo o documento, os recursos obtidos com a oferta primária poderão ser usados para financiar futuras fusões, aquisições ou investimentos em negócios, produtos ou tecnologias complementares, mantendo a liquidez e financiando soluções de oferta de capital de giro.
Com Reuters.