(Reuters) - A empresa florestal finlandesa Stora Enso divulgou lucro operacional do segundo trimestre bem abaixo das expectativas do mercado nesta sexta-feira, atingida por uma queda nos preços, altos custos e desestocagem de clientes.
"Infelizmente, não vemos sinais iminentes de melhora na demanda do mercado e esperamos que a desestocagem persista na maioria dos nossos segmentos também no segundo semestre de 2023", disse a presidente-executiva, Annica Bresky, em um comunicado.
A Stora Enso tem enfrentado pressões de custo e queda da demanda este ano. Em junho, o grupo listado em Helsinque anunciou um amplo plano de reestruturação, envolvendo mais de 1.000 demissões e fechamento de fábricas na Europa.
Os custos mais altos da madeira, causados pela proibição das importações de madeira da Rússia e pela menor atividade das serrarias, somaram-se à queda da demanda por celulose em meio a uma recuperação lenta do mercado chinês.
A Stora Enso teve lucro operacional antes de juros e impostos (Ebit) de 37 milhões de euros, não atingindo os 141 milhões previstos em uma pesquisa da Refinitiv com analistas.
Isso representou uma queda de 93% em relação aos 505 milhões de euros que a Stora Enso havia registrado no mesmo período de 2022, quando se beneficiou da forte demanda por materiais de embalagem.
Bresky disse que a unidade de biomateriais, que registrou um prejuízo operacional de 13 milhões de euros no trimestre, enfrentou o "declínio mais rápido de todos os tempos" nos preços da celulose no mercado global.
(Reportagem de Boleslaw Lasocki em Gdansk)