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Surto de peste suína africana na China impulsiona ações de frigoríficos

Publicado 16.03.2023, 13:37
© Reuters.
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Investing.com - As ações do setor de frigoríficos subiam nesta quinta-feira, 16, após notícias de que a alta nas infecções de peste suína africana na China deve reduzir a produção de suínos do gigante asiático neste ano.

Às 13h45 (de Brasília), as ações da JBS (BVMF:JBSS3) subiam 5,71%, a R$20,35, enquanto as da Marfrig (BVMF:MRFG3) tinham alta de 5,24%, a R$7,22. Os papéis da Minerva (BVMF:BEEF3) apresentavam valorização de 2,98%, a R$11,42, enquanto os da BRF (BVMF:BRFS3) estavam em elevação de 3,14%, a R$6,90.

A China é o maior produtor e consumidor de suínos do mundo. A peste suína africana é uma doença infecciosa com alta taxa de mortalidade e, quando o giganta asiático sofreu com a disseminação em outros momentos, o resultado foi um forte recuo tanto no rebanho e quanto na produção suína, elevando o preço da carne no mercado.

O primeiro registro foi descoberto em 2018 e, desde lá, o país busca melhorar as condições sanitárias das granjas para diminuir os impactos da doença, que costuma ser mais frequente no inverno. O país só conseguiu retomar os patamares pré-doença no ano de 2022. Desta vez, o número de detecções subiu após o feriado de ano novo, com novas infecções aumentando ainda em março.

Na visão do Itaú BBA, ainda é muito cedo para avaliar como os casos podem impactar os mercados. Segundo o analista Gustavo Troiano, a doença extinguiu cerca de 30% da produção de carne suína na China durante o último surto em 2019-20 e “foi um dos eventos mais transformadores no comércio global de proteínas na história recente”.

De acordo com o Troiano, ainda é cedo para avaliar se os impactos serão semelhantes ao último surto. “Embora pareça justo supor que este será um tema quente de discussão entre os investidores, se confirmado, temos motivos para acreditar que os impactos serão mais brandos do que foram durante o último surto de PSA no país, e não prevemos grandes mudanças para as empresas de proteína sob nossa cobertura por enquanto”, completa.

Se o surto de intensificar, o Itaú BBA mantém preferência por recomendações de exportadores de carne bovina, e não carne suína ou de aves, reforçando como destaques JBS e Minerva.

“Além disso, notamos que os preços das aves em 2019 enfrentaram uma queda rápida após os ajustes acelerados na oferta global. Ainda acreditamos que é muito cedo para ficarmos otimistas com esta notícia, mas ambas as teses de investimento são sólidas, a nosso ver, e preferimos considerar este surto de PSA como um risco ascendente neste momento”, completa.

 

 

 

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