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Suzano: Analistas veem espaço para resultados ainda melhores no 1T

Publicado 11.02.2021, 12:23
Atualizado 11.02.2021, 12:26
© Reuters.
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - Mesmo com preços de celulose não tão altos, a desvalorização do real e a manutenção da forte demanda nos mercados no quarto trimestre foram suficientes para uma robusta geração de caixa operacional pela Suzano (SA:SUZB3), incluindo a captura de ganhos de sinergia pela aquisição da Fibria (SA:FIBR3), escreveram analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11), Ativa Investimentos, Mirae Asset e Bradesco BBI em relatórios, destacando que a empresa deve surfar na alta dos preços neste início de ano.

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Segundo os analistas da Mirae, a produtora de papel e celulose deve reportar bons resultados nos próximos trimestres por conta do aumento dos preços da celulose e do forte controle de custos apresentado até então.

Eles mantiveram a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 75.

Já os analistas da Ativa escreveram que com uma oferta global sem entrada de capacidade, um movimento ativo de migração da fibra longa para a curta por parte de produtores, problemas logísticos na cadeia, preços crescentes e demanda sólida, as expectativas continuam positivas para a companhia.

Segundo o relatório da corretora carioca, apesar das paradas programadas terem arrefecido o nível operacional da empresa tanto no segmento de papel como em celulose, os números apresentados no quarto trimestre foram indiscutivelmente robustos.

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Sem paradas no primeiro trimestre e com o preço da celulose subindo, os próximos resultados podem vir ainda mais animadores, escrevem. A corretora aponta que o melhor para os preços da celulose “ainda está por vir”, com a Suzano já conseguindo um aumento de 16% nas receitas líquidas do segmento, mesmo com nos atuais níveis.

Já o BTG Pactual destacou a desalavancagem da Suzano, com uma redução próxima a R$ 5 bilhões da dívida na comparação trimestral, para R$ 63,6 bilhões, principalmente explicada pelos efeitos da variação cambial.

Segundo os analistas, há potencial para a dívida reduzir rapidamente para R$ 50 bilhões até o final de 2021, com um aumento significativo do patrimônio líquido.

Também destacam que a força inesperada do ciclo de preços da celulose deve reforçar ainda mais o fluxo de caixa da companhia.

O Bradesco BBI, por sua vez, destaca que os resultados acima do esperado foram impulsionados por uma combinação de maiores embarques de celulose com melhor performance de custo na divisão de papel.

Os analistas apontaram, em relatório, que a redução de 272 mil toneladas nos estoques da companhia no trimestre devem ter levado a um total de 1,1 milhão, abaixo do nível normal de 1,5 milhão de toneladas. Segundo a corretora, o movimento reafirma o momento forte para os preços da celulose, o que mantém a recomendação da ação como Outperform, equivalente a Compra, com preço-alvo de R$ 89.

Perto das 12h10, a ação subia 2,11%, negociada a R$ 69,60, com alta acumulada de 11% nos últimos 30 dias e de 90% nas últimas 52 semanas.

Veja os resultados

A Suzano reportou lucro líquido de R$ 5,914 bilhões no quarto trimestre de 2020, alta de 403% em relação ao mesmo período do ano passado.

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No ano, no entanto, a companhia não conseguiu reverter o prejuízo de 2019, de R$ 2,815 bilhões, e acumulou perdas de R$ 10,715 bilhões nos 12 meses de 2020.

Segundo analistas da Ativa Investimentos, ainda que as paradas programadas tenham arrefecido o nível operacional da companhia tanto no segmento de papel como em celulose, os números apresentados são “indiscutivelmente” robustos.

Mesmo diante de preços de celulose “tímidos, o câmbio e a manutenção de uma forte demanda nos mercados nos quais a empresa atua foram suficientes para conferir uma robusta geração de caixa operacional no período, escrevem.

Para os analistas, os resultados do primeiro trimestre podem ser ainda melhores sem paradas programadas e com o preço da celulose atualmente em outro patamar.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 3,965 bilhões no quarto trimestre, alta de 61% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2020, O Ebitda ajustado chegou a R$ 14,949 bilhões, alta de 39% em relação a 2019.

A receita líquida do quarto trimestre ficou em R$ 14,949 bilhões, aumento de 14% na comparação com o mesmo período de 2019. Em 2020, a receita líquida atingiu R$ 30,460 bilhões, alta de 17% em comparação com o ano anterior. A geração de caixa operacional totalizou R$ 3 bilhões no quarto trimestre de 2020 e R$ 11,5 bilhões no ano, o que representa um aumento de 63% em relação a 2019.

--Com informações do Estadão Conteúdo

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