As taxas de consultoria financeira de fusões e aquisições (M&A) na Ásia atingiram seu ponto mais baixo em 11 anos durante o primeiro semestre de 2024. De acordo com dados do London Stock Exchange Group (LON:LSEG), essas taxas somaram US$ 1,5 bilhão, marcando uma queda significativa com pouca indicação de uma recuperação de curto prazo. Essa retração é atribuída a uma diminuição no número de negócios anunciados e concluídos na região.
Em particular, o Japão representou 40% do total das taxas de fusões e aquisições na Ásia, apesar da redução global. Os bancos de investimento, que já enfrentaram a necessidade de cortar centenas de empregos nos últimos dois anos devido ao arrefecimento dos mercados de capitais e à diminuição da receita, podem sofrer pressão adicional devido a essa contração das taxas.
O valor total das transações anunciadas na Ásia caiu 25% em relação ao ano anterior, para US$ 317,5 bilhões, atingindo também uma mínima em 11 anos. Essa queda sugere que a receita de transações pode continuar a ser restringida. Além disso, o volume de negócios concluídos, que totalizou US$ 253 bilhões, foi o menor desde 2009 – um ano marcado pelas severas interrupções do mercado da crise financeira global.
Tom Barsha, chefe de fusões e aquisições para a Ásia-Pacífico do Bank of America (NYSE:BAC), observou que uma redução no tamanho médio dos negócios é um fator importante na diminuição do volume de negócios de fusões e aquisições este ano, com os investidores optando por oportunidades de médio porte em vez de grandes fusões e aquisições transformadoras.
Um exemplo recente da desaceleração da atividade de fusões e aquisições inclui a tentativa abandonada de US$ 49 bilhões da Anglo American (JO:AGLJ) pelo BHP Group (LON:BHPB), com sede na Austrália, no mês passado, que teria sido um dos maiores negócios para banqueiros globalmente em 2024.
O Japão, que foi o único mercado da Ásia a registrar crescimento de fusões e aquisições em 2023, viu uma queda de 23% nos negócios anunciados no primeiro semestre do ano, para US$ 61 bilhões, em meio a um iene enfraquecido. Na China, a desaceleração da economia e o aumento das tensões geopolíticas resultaram em uma queda de 25% no total de negócios, para US$ 108 bilhões, o menor desde o primeiro semestre de 2012.
Enquanto a atividade de fusões e aquisições da Ásia desacelerou, as fusões e aquisições globais tiveram um aumento de 16%, com negócios que somam US$ 1,5 trilhão.
Os banqueiros na Ásia estão otimistas de que investimentos em private equity, take-private e infraestrutura digital impulsionarão negócios futuros. Rohit Satsangi, co-chefe de M&A do Deutsche Bank para a Ásia-Pacífico, mencionou que os patrocinadores estão reintroduzindo negócios no mercado, e uma perspectiva melhor é apoiada por melhores mercados financeiros e uma gama mais ampla de compradores. Ele também destacou que as atividades de saída da China foram retomadas, com interesse em ativos europeus de empresas privadas e estatais.
Apesar da atual confiança moderada dos investidores, que está intimamente ligada à atividade e às avaliações dos mercados de capitais, houve um aumento na atividade dos mercados de capitais no segundo trimestre. Isso levou ao aumento das discussões de M&A em estágio inicial, o que poderia sinalizar uma perspectiva mais positiva para a realização de negócios na região daqui para frente.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.