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Taxas de juros invertem à tarde e fecham em queda, com dólar a R$ 4,6482

Publicado 18.04.2022, 14:53
Taxas de juros invertem à tarde e fecham em queda, com dólar a R$ 4,6482

Os juros terminaram a sessão regular em queda, invertendo o sinal de alta que prevaleceu durante toda a manhã. O alívio de prêmios coincidiu com a aceleração das perdas do dólar, com mínimas na casa de R$ 4,64, mas está longe de representar tendência para a curva em meio às preocupações com o cenário inflacionário.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a 13,055%, de 13,113% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2024 caiu de 12,803% para 12,675%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 12,05%, de 12,156%, e a do DI para janeiro de 2027, em 11,77%, de 11,86%.

No caso da ponta curta, foi a primeira queda nas principais taxas após seis sessões consecutivas de alta, enquanto os longos cederam após avançarem por oito pregões. A interrupção da trajetória ascendente, porém, não é vista como algo firme, até porque o volume negociado foi bastante fraco, cerca de metade do giro padrão. O DI mais líquido, janeiro de 2023, movimentou 302 mil contratos, ante média diária de 647.393 nos últimos 30 dias.

O dólar já operava em queda desde meados da manhã, ainda sem força para pressionar as taxas para baixo, mas a curva começou a sucumbir a partir do começo da tarde, quando a moeda começou a operar na casa de R$ 4,65.

Pela manhã, saiu o IGP-10 de abril, que subiu 2,48%, acima da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 2,23%.

Desse modo, a inflação de curto prazo continua sendo o ponto nevrálgico da curva, até porque os preços do petróleo não param de subir, o que também tem sustentado forte demanda pelas NTN-B. O tipo Brent, referencial da Petrobras (SA:PETR4) para reajustes nos preços domésticos de combustíveis, terminou nesta segunda-feira em US$ 113 por barril, afetado preocupações com a oferta e chegando perto das maiores cotações em três semanas.

Vale lembrar que o Copom tem um cenário alternativo, "considerado de maior probabilidade", que pressupõe que o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$100/barril, no qual a inflação de 2023 situa-se perto da meta de 3,25%.

Internamente, o cenário fiscal está no radar diante da pressão por ajustes salariais acima do que o governo propõe, mas as paralisações no Banco Central e no Tesouro ainda não chegam a fazer preço diretamente.

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