A TecBan, dona da rede Banco24Horas, começou a testar o atendimento por libras (a língua brasileira de sinais) em seus caixas eletrônicos, numa iniciativa voltada para pessoas com surdez. A nova função será baseada na rede de internet móvel de quinta geração (5G), por meio da qual será possível contar com uma transmissão de vídeo em qualidade elevada e risco baixo de interrupção.
O grupo já vinha trabalhando há alguns meses em um projeto piloto junto com a Claro e a Ericsson no primeiro caixa eletrônico 5G, na faixa de 3,5 gigahertz (onde o sinal de internet tem velocidade mais alta e latência mais baixa) em um dos escritórios da companhia, em Alphaville (BVMF:AVLL3), na região da Grande São Paulo.
Agora, o projeto entrará numa segunda etapa. O atendimento a surdos será realizado por videoconferência, com um totem colocado ao lado do caixa. Ali haverá um tablet equipado com câmera de alta resolução. Na tela inicial do tablet, o cliente vai inserir o seu nome e dar o aceite dos termos de atendimento em conformidade com a da lei de proteção geral de dados. Em seguida, será realizado um teste de velocidade de internet confirmando a disponibilidade do 5G. Só aí o atendimento será iniciado.
A nova iniciativa começou a ser testada em maio. Segundo a Tecban, a intenção é espalhar o novo formato de atendimento gradualmente por caixas eletrônicos em outras regiões.
"Estamos certos de que, com o avançar do 5G no Brasil, e uma possível escalada do formato de videoconferência de alta qualidade, tem um potencial enorme para levar cada vez mais inclusão financeira para todos os brasileiros, de todas as regiões, classes sociais e necessidades específicas", afirma a gerente executiva de atendimento na TecBan, Alexandra Muniz, em nota.
O projeto foi encaminhado pelo TechLab, laboratório de tecnologia da TecBan, que já está desenvolvendo as próximas fases. Um próximo passo será a realização dos testes com as chamadas de vídeo 5G a partir de um aplicativo que poderá ser utilizado em smartphones.
Para o futuro, há ainda muitas possibilidades de desdobramentos e melhorias. "É possível imaginar, por exemplo, que a chamada por vídeo em um caixa eletrônico possa ser realizada para um atendimento mais personalizado de uma gerência ou de uma central das mais de 150 instituições que já utilizam o Banco24Horas", estima o gerente executivo de telecomunicações na Tecban, Marcelo Preto.
Com o desenvolvimento do 5G, a Tecban também vê potencial para explorar a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) para aplicações na área de segurança e logística, como monitoramento de ambientes, sensores de porta e janelas, temperatura em contêineres autônomos, entre outros.