Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que a Tenda (SA:TEND3) não trouxe grandes surpresas nos números operacionais do quatro trimestre de 2021. Os resultados vieram em linha com o esperado e também mostram que a empresa vem subindo os preços para acompanhar os maiores custos.
O preço médio de venda teve uma alta de 1,5% sobre o 3T21 e de 11,3% em relação ao 4T20. A Tenda também apresentou uma forte velocidade de vendas, a 33%, igual ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados divulgados, as vendas brutas somaram R$ 906 milhões, uma alta anual de 6% no trimestre, enquanto os distratos somaram R$ 125 milhões, um avanço de 111%. Assim, as vendas líquidas totalizaram R$ 781 milhões, 2% menor do que as do 4T20 e 3% abaixo das previsões do BTG.
A Tenda explicou que o fluxo de caixa baixo em 2021 foi causado pelas mudanças regulatórias na CEF, as aquisições antecipadas de materiais de construção e a lenta transferência de recebíveis para bancos, que receberam 4.809 units, uma redução de 4% na comparação anual.
O BTG destaca que o cenário de curto prazo para incorporadoras de baixa renda é difícil, com altos custos de construção e espaço limitado para aumentos de preços de venda, o que deve indicar margens pressionadas por um tempo.
Ainda assim, a recomendação sobre a Tenda é de compra, com um valuation de 7,5x P/E para 2022. O preço-alvo é de R$ 40.
Às 15h03, as ações da Tenda disparam 7,22%, a R$ 15,89.