Mercado cripto encara liquidações em massa com queda do Bitcoin
Investing.com – O balanço do segundo trimestre da Tesla trouxe uma combinação de expectativas elevadas em relação aos projetos de inteligência artificial da companhia e preocupações imediatas com a pressão sobre margens, levando analistas de Wall Street a reações divergentes.
O Bank of America (NYSE:BAC) classificou os resultados como “ligeiramente acima do esperado”, destacando o lucro por ação ajustado (não GAAP) de US$ 0,40, acima da estimativa do próprio banco, que era de US$ 0,35.
A divisão de Energia registrou desempenho sólido no trimestre, enquanto as margens brutas no segmento automotivo mostraram recuperação, contribuindo positivamente para o resultado consolidado.
Apesar disso, o BofA alertou para um cenário mais adverso nos próximos trimestres, à medida que os subsídios para veículos elétricos nos Estados Unidos são retirados e os efeitos das tarifas sobre produtos importados começam a impactar os custos. “A administração acredita que, até o fim de 2026, a rentabilidade da Tesla estará solidamente ancorada na condução autônoma em escala”, escreveu a equipe do banco, mantendo a recomendação neutra para o papel.
O Morgan Stanley (NYSE:MS) ressaltou o momento de transição vivido pela empresa, argumentando que a Tesla (NASDAQ:TSLA) atravessa o "vale da autonomia", enquanto lida com menor volume de vendas, redução de incentivos fiscais, barreiras tarifárias e investimentos em novas frentes que, segundo o banco, podem demorar anos para gerar retorno financeiro relevante.
Por outro lado, o Barclays (LON:BARC) adotou um tom mais cauteloso. A instituição chamou atenção para o que classificou como um “abismo crescente entre narrativa e fundamentos operacionais”. Apesar de reconhecer que o projeto de inteligência artificial segue como peça-chave na tese de investimento, o banco avalia que os números atuais continuam frágeis e tendem a deteriorar-se nos próximos trimestres. A recomendação foi mantida em "Equal Weight" (na média), com preço-alvo fixado em US$ 275.
A Stifel avaliou os resultados como amplamente neutros, mas destacou avanços relevantes na expansão do programa de robotáxis em Austin e na expectativa de lançamento da versão totalmente autônoma do sistema FSD ainda este ano.
Mesmo assim, a corretora demonstrou preocupação com o enfraquecimento da demanda e os atrasos no cronograma de lançamento de novos modelos.
O Piper Sandler, por sua vez, manteve uma visão construtiva e classificou o desempenho como “um bom trimestre”, questionando a reação negativa do mercado após o fechamento. “Não nos preocupamos com a aparência do próximo produto da Tesla”, disseram os analistas, reforçando que o verdadeiro valor da companhia reside no potencial de longo prazo do FSD, e não nas oscilações de curto prazo.