O Bernstein reiterou a classificação de “underperform” (abaixo da média) e o preço-alvo de US$ 150 para a ação da Tesla (NASDAQ:TSLA), mesmo após as montadoras rivais Ford (NYSE:F), General Motors (NYSE:GM) e Rivian (NASDAQ:RIVN) decidirem adotar os conectores de recarga com o padrão NACS criados pela companhia. Outras redes de recarga independentes, como EVgo (NASDAQ:EVGO) e Blink (NASDAQ:EVGO), também decidiram aderir ao projeto desenvolvido pela Tesla.
De acordo com os analistas do banco, a rede de supercarregadores da Tesla gerou cerca de US$ 600 milhões em receita em 2022, o que equivale a aproximadamente US$ 160 por carro e representa cerca de 0,7% da receita total da empresa.
O Bernstein considera que a adoção do NACS pelos concorrentes terá um impacto financeiro de curto prazo neutro a ligeiramente negativo nos Estados Unidos. No entanto, acredita que o crescimento da rede de supercarregadores será impulsionado principalmente pelo aumento da base instalada de veículos da Tesla.
Em nota, os analistas afirmaram:
"O ano de 2023 está reforçando a complexidade de tentar prever o desempenho da Tesla no curto prazo. No entanto, estamos preocupados com a possibilidade de mais reduções de preços e revisões para baixo este ano e em 2024, antes do lançamento de uma plataforma de baixo custo em grande volume, previsto para ocorrer em 2025. Também observamos que a adoção do padrão NACS parece ter tido um impacto positivo no sentimento dos investidores, mesmo que o impacto financeiro para a Tesla seja relativamente limitado. Ainda temos dificuldades com a avaliação das ações, pois ela parece precificar margens e participação de mercado históricas sustentadas, além de valor incremental além do negócio principal de veículos automotivos".
O banco estima que a receita global da rede Supercharging da Tesla possa atingir cerca de US $2 bilhões em 2025. No entanto, no longo prazo, considerando premissas muito generosas, calcula que os supercarregadores poderiam representar uma oportunidade de receita de US$ 12 bilhões para a Tesla em 2030. Se a receita anual de recarga por veículo dobrar para cerca de US$ 330, isso representaria uma oportunidade total de aproximadamente US$ 55 bilhões em 2030.