Por Michael Elkins
Uma nova ação coletiva antitruste foi movida contra a Tesla (NASDAQ:TSLA) nos EUA, acusando a empresa de restringir ilegalmente a concorrência no segmento de manutenção e venda de peças de reposição, o que teria provocado preços exorbitantes e longos períodos de espera para reparos.
Os processos judiciais foram abertos na terça e na quarta-feira junto ao tribunal federal de São Francisco, alegando que a Tesla desenvolve seus veículos elétricos, planos de garantias e políticas de reparo de modo a desincentivar os proprietários a utilizar oficinas independentes.
“A Tesla precisa abrir seu ecossistema e permitir a concorrência na manutenção de seus veículos e venda de peças de reposição”, afirmou o advogado à frente da ação coletiva, Matthew Ruan, do escritório Freed Kanner London & Millen.
A Tesla se junta a empresas como Harley-Davidson (NYSE:HOG) e Deere & Co (NYSE:DE) que enfrentam processos antitrustes por supostas atuações lesivas à concorrência.
Os processos exigem que os serviços de reparo e o monopólio de peças da Tesla sejam "desmontados" e que a empresa seja obrigada a disponibilizar seus manuais de reparo e ferramentas de diagnóstico "para indivíduos e oficinas independentes a um custo razoável".
A ação coletiva abrange pessoas que pagaram por reparos e peças de reposição desde março de 2019.
A Tesla é a fabricante automotiva mais valiosa do mundo, com uma receita de US$ 24,32 bilhões no 4º tri. A companhia entregou 405.278 veículos elétricos no período.
As ações da TSLA fecharam o pregão de ontem em Nova York com uma queda de 1,53%.