A reforma da Previdência, mais do que o ambiente internacional, é o principal evento para o mercado de títulos públicos no Brasil em 2019. O que comprar no Tesouro Direto, então, enquanto os políticos debatem e brigam (de fato) sobre o tema?
Para o estrategista para pessoas físicas do Santander, Ricardo Peretti, a aposta recai sobre uma exposição ao Tesouro Direto através dos títulos indexados à inflação.
“No momento, o cenário-base para a maioria dos especialistas é de votação do texto da proposta na Câmara dos Deputados apenas no segundo semestre. Sendo assim, apesar dos percalços no meio do caminho, mantemos nosso viés construtivo sobre os ativos brasileiros e acreditamos que a aprovação da proposta se dará ainda em 2019”, explica o especialista.
Ainda assim, apesar desta visão favorável, o banco sugere uma alternativa conservadora, que se mostra mais adequada perante os riscos de não aprovação das reformas fiscais em tramitação no Congresso Nacional. Isso poderia deteriorar as expectativas de inflação futura.
“Dito isso, recomendamos a compra do Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035, que traduz o alongamento do prazo (duration) do título sugerido, sem abrir mão de proteção (indexação à inflação) dados os riscos que ainda se colocam à frente”, conclui.