Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Texas Instruments (NASDAQ:TXN) recuavam 4,8% por volta das 13h40 (horário de Brasília) de quinta-feira, em meio a receios de que a demanda por chips de silicone esteja atingindo seu pico.
No Brasil, seu BDR (SA:TEXA34) tinha recuo de 5,6%.
A empresa disse na quarta-feira que espera uma estagnação ou até uma pequena diminuição nas vendas no trimestre em curso, sendo que a administração se esquivou quando perguntada, durante uma teleconferência sobre resultados, se considera que seu recente crescimento robusto seja sustentável.
A fabricante de chips antecipa que as vendas no trimestre de setembro variem entre US$ 4,4 bilhões e US$ 4,76 bilhões. O lucro por ação deverá ser de US$ 1,87 a US$ 2,13, disse a empresa na quarta-feira, ao anunciar os resultados do segundo trimestre.
Segundo uma pesquisa da Bloomberg, os analistas previam um lucro de US$ 1,97 por ação e vendas de US$ 4,59 bilhões.
A Bloomberg disse que a administração da empresa se esquivou diversas vezes das tentativas dos analistas de obter a sua opinião sobre se a demanda por chips está atingindo um pico.
"Nosso trabalho não é prever o futuro, é preparar a empresa para que possamos lidar com qualquer coisa, e foi isso que fizemos", disse Rafael Lizardi, Diretor Financeiro, à agência de notícias.
A Texas, como outros fabricantes de chips, se beneficiou enormemente do surgimento do fenômeno do trabalho remoto que a pandemia impôs sobre as pessoas. A demanda por celulares, laptops, impressoras e vários outros dispositivos digitais explodiu e, juntamente com isso, a demanda por chips que compõem esses itens.
À medida que os escritórios reabrem e uma forma mais híbrida de trabalho remoto assume o cenário, muitos acreditam que o pico de demanda pode ou já estar para trás ou perto de chegar e, assim, a melhor fase para os fabricantes de chips como a Texas Instruments pode ter acabado.
De acordo com dados da Susquehanna Research, entretanto, ainda pode ser muito cedo para dizer isso. Os dados mostram que os tempos de entrega dos chips ainda estão aumentando.
As receitas do segundo trimestre da Texas Instruments subiram 41% em relação ao mesmo período no ano passado, para US$ 4,58 bilhões, e o lucro por ação tiveram avanço de 39%, a US$ 2,05.
A demanda dos setores industrial, de automóveis e de dispositivos pessoais foi forte, impulsionando o crescimento das receitas de 42% e 43%, respectivamente, nos seus dois principais negócios de chips de processamento analógico e incorporados.