SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de mídia e informação financeira Thomson Reuters informou nesta terça-feira que cortará cerca de 2 mil empregos, cerca de 4 por cento de sua força de trabalho, assumindo um encargo de 200 milhões a 250 milhões de dólares no quarto trimestre.
A reestruturação em 39 países e 150 escritórios afetará principalmente as áreas Financial & Risk e Enterprise, Technology & Operations Group, segundo a companhia.
A Thomson Reuters atualmente emprega cerca de 48 mil pessoas globalmente, disse um porta-voz. As mudanças anunciadas fazem parte dos esforços para racionalizar os negócios, afirmou o presidente-executivo da companhia, Jim Smith.
"Trata-se de simplificação e retirar burocracia e procedimentos que têm adicionado complexidade e que nos desaceleraram", disse Smith. "Essas ações não são motivadas por qualquer reação às condições de mercado ou de modo algum surgem devido a um desempenho abaixo da média do mercado”, completou.
Os cortes não afetarão as redações da Reuters News, conforme memorando enviado aos funcionários.
A Thomson Reuters informou lucro líquido de 286 milhões de dólares, ou 0,36 dólar por ação, no terceiro trimestre, ante 293 milhões em igual período um ano antes.
Excluindo eventos não recorrentes, o lucro foi de 0,54 dólar por ação. Analistas esperavam, em média, 0,47 dólar por papel, de acordo com estimativas Thomson Reuters I/B/E/S.
As receitas cresceram 1 por cento no período, para 2,74 bilhões de dólares, antes de efeitos cambiais, e ficou estável quando esse impacto é considerado. A empresa reiterou projeção de crescimento de receitas de 2 a 3 por cento para o ano.
Devido aos encargos, a empresa reduziu projeção de margem de lucro operacional para entre 16 e 17 por cento, ante entre 18,4 e 19,4 por cento estimados anteriormente.