TORONTO (Reuters) - A Thomson Reuters divulgou nesta terça-feira um aumento de 9 por cento na receita trimestral, sem considerar efeitos cambiais, ajudada por vendas maiores em suas divisões de produtos jurídicos, tributários e contábeis.
A provedora de notícias e informações teve receita de 1,52 bilhão de dólares no quarto trimestre ante 1,41 bilhão no ano anterior. Analistas estimavam faturamento de 1,54 bilhão de dólares no período, segundo dados da IBES Refinitiv.
O lucros ajustado correspondeu a 0,20 dólar por ação, abaixo do 0,22 dólar por ação de um ano antes.
A Thomson Reuters vendeu uma participação de 55 por cento na unidade Financial & Risk (F&R) para a Blackstone Group em outubro passado em um acordo que avaliou a unidade, agora um negócio autônomo chamado Refinitiv, em cerca de 20 bilhões de dólares.
As divisões "Legal" e "Tax & Accounting" são as duas maiores unidades da empresa após o acordo do F&R.
Excluindo efeitos de taxa de câmbio, a receita da divisão Legal cresceu 4 por cento durante o trimestre, para 599 milhões de dólares. As vendas da área Tax & Accounting aumentaram 8 por cento, para 248 milhões de dólares. A receita para clientes corporativos aumentou 7 por cento, para 315 milhões.
A empresa reteve uma participação de 45 por cento na Refinitiv, que vende dados e notícias principalmente para clientes financeiros. Sob o acordo com a Blackstone, a Refinitiv fará pagamentos anuais mínimos de 325 milhões de dólares à Reuters por mais de 30 anos, ajustados pela inflação, para garantir acesso a seu serviço de notícias, equivalente a quase 10 bilhões de dólares ao todo.
A Thomson Reuters, controlada pela família canadense Thomson, é a empresa controladora da Reuters News. A receita da Reuters News mais que dobrou para 155 milhões de dólares, refletindo a primeira contribuição do acordo com a Refinitiv.
Para 2018 como um todo, a Thomson Reuters registrou um crescimento geral de receita de 4 por cento. A receita excluindo o impacto do negócio com a Blackstone aumentaram 2,5 por cento.
Para 2019, a empresa prevê crescimento orgânico de receita de 3 a 3,5 por cento. Para 2020, espera-se um crescimento de receita de 3,5 a 4,5 por cento, dentro da expectativa divulgada pela companhia em dezembro.
(Por Matt Scuffham)