📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

TIM, Telefônica Brasil e Claro vão levar Oi para arbitragem

Publicado 03.10.2022, 09:51
Atualizado 03.10.2022, 11:16
© Reuters.
OIBR3
-
TIMS3
-
VIVT3
-

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) -As operadoras de telecomunicação TIM (BVMF:TIMS3), Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3), que opera a marca Vivo, e Claro iniciarão arbitragem contra a Oi (BVMF:OIBR3) em relação a supostos descumprimentos de termos do contrato da venda de ativos de telefonia móvel às três empresas.

O procedimento arbitral foi anunciado nesta segunda-feira por TIM, Telefônica Brasil e Claro. A Oi não respondeu imediatamente a pedido de comentário enviado pela Reuters.

A arbitragem viria após as três operadoras pedirem, em meados de setembro, uma redução de 3,2 bilhões de reais no preço total da compra, alegando divergências em informações técnicas sobre os ativos de telefonia móvel.

A TIM disse nesta segunda-feira que diante do que classificou como "violação expressa" da Oi aos mecanismos de resolução de disputas previstos no contrato, "não restou outra alternativas às compradoras senão ingressar com procedimento arbitral".

A arbitragem, a ser realizada na Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 (BVMF:B3SA3), decidirá sobre o valor efetivo do ajuste de preço pós-fechamento da operação, segundo a TIM.

Claro Participações e Telefônica Brasil não deram detalhes adicionais sobre o pedido de arbitragem, dizendo apenas que o procedimento deve-se a descumprimentos de cláusulas de ajuste de preço.

As três operadoras ganharam o direito aos ativos de telefonia móvel da Oi no final de 2020, após uma oferta conjunta de 16,5 bilhões de reais. O negócio, que foi concluído apenas em abril deste ano, passou pelo crivo do órgão antitruste Cade e da agência de telecomunicações Anatel.

A Oi chegou a negociar com exclusividade com a Highline do Brasil, que havia feito oferta de 15 bilhões de reais pelos ativos em 2020, mas o negócio não foi adiante.

As empresas compradoras alegaram em setembro divergências em informações técnicas sobre os ativos móveis da Oi, como ajustes de capital de giro e dívida líquida, o que resultaria em um menor valor a ser pago. O argumento é que essas informações só puderam ser obtidas após o fechamento da transação.

A Oi discordou do ajuste de 3,2 bilhões de reais proposto pelas rivais --que inclui uma parcela já retida pelas companhias para potenciais ajustes-- e afirmou em meados de setembro que eles apresentavam "erros procedimentais e técnicos", com "equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem adotada".

Do 1,8 bilhão de reais --a diferença entre os 3,2 bilhões notificados pelas empresas compradoras e o total já retido por elas-- 769 milhões seriam devolvidos à TIM, 587 milhões à Telefônica Brasil e 383 milhões à Claro, da mexicana América Móvil.

Em setembro, a Oi disse que tomaria as medidas cabíveis. A empresa afirmou na ocasião que teria um prazo para se manifestar, que, com base nos prazos divulgados, ainda não venceu, e depois mais 30 dias para as partes negociarem uma solução de boa-fé.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.