A TIM (SA:TIMS3) obteve lucro líquido normalizado de R$ 390 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 21% em comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com balanço publicado nesta terça-feira, 3,. No entanto, o lucro poderia ter sido 60% maior se não fosse o descasamento na contabilidade de itens tributários, informou a operadora.
Isso porque o balanço do terceiro trimestre do ano passado contabilizou a declaração de juros sobre capital próprio, que gerou um crédito fiscal e inflou o lucro naquele período, levando a uma base de comparação mais alta. Em 2020, esse efeito ficou para o quarto trimestre.
A comparação fica mais "limpa" na avaliação do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), que não considera tais efeitos tributários. O Ebitda normalizado atingiu R$ 2,073 bilhões no terceiro trimestre de 2020, leve crescimento de 0,8% ante o mesmo intervalo de 2019. A margem Ebitda diminuiu 0,2 pontos porcentuais, para 47,3%.
A receita líquida totalizou R$ 4,387 bilhões, aumento de 1,2%. Os custos operacionais foram de R$ 2,314 bilhões, aumento de 1,5%.
A TIM teve uma retração de 6,2% na sua base de assinantes, indo a 51,1 milhões. A queda foi concentrada no segmento de pré-pagos, com baixa de 11,6%, enquanto no pós houve alta de 2,3%.
A receita líquida de serviços foi a R$ 4,206 bilhões, aumento de 1,3%.
No segmento móvel, a receita chegou a R$ 3,935 bilhões, avanço de 0,4%, puxado essencialmente pelos ganhos vindos de clientes de planos pós-pagos.
E no segmento fixo, houve aumento de 16,4%, para R$ 272 milhões. A receita com a banda larga TIM Live cresceu 29,1% e já representa, aproximadamente, 60% da receita total de serviços fixos, substituindo tecnologias mais antigas.
O resultado financeiro líquido da companhia foi negativo em R$ 244 milhões, 8,7% menor que o reportado um ano antes, quando fechou o período negativo em R$ 267 milhões.
Na mesma base de comparação, a dívida líquida recuou de R$ 7,849 bilhões para R$ 6,178 bilhões, com destaque para o crescimento maior do volume de caixa em comparação com a elevação do saldo de dívida e leasings no período. Com isso, a alavancagem da TIM está em 0,74 vez.
A operadora encerrou o mês de setembro com um fluxo operacional de caixa livre de R$ 1,348 bilhão, com expansão de 11,8% em relação a um ano antes.