SÃO PAULO (Reuters) - A Toyota do Brasil adiou para o final de junho a retomada de suas quatro fábricas paradas no país e afirmou nesta segunda-feira que acertou acordos com sindicatos para suspender temporariamente contratos de trabalho de funcionários da produção.
A companhia tinha informado em 20 de março que iria paralisar a produção entre 24 de março e 5 de abril, mas nesta segunda-feira afirmou que vai retomar atividades em 22 de junho em três das fábricas, enquanto a restante tem previsão de reinício em 24 de junho.
"A Toyota continuará avaliando a situação momento a momento, e caso entenda ser possível retomar as atividades antes do previsto, reverá esse cronograma, sempre seguindo as orientações das autoridades locais e, principalmente, colocando a saúde e o bem-estar de seus colaboradores e de seus familiares em primeiro lugar", afirmou a montadora japonesa em comunicado à imprensa.
O número de mortes por coronavírus no Brasil chegou a 1.124 no sábado, com 68 novos óbitos, na primeira vez que o aumento ficou abaixo de 100 desde terça-feira, conforme dados do governo. Os casos confirmados, por sua vez, subiram em 1.089, a 20.727 no total. Na sexta-feira, a elevação havia sido de 1.781.
As fábricas paradas da Toyota no Brasil são as de São Bernardo do Campo (SP), que produz peças de reposição e motores; Sorocaba (SP), que monta os modelos Etios e Yaris; Indaiatuba (SP), que fabrica o sedã Corolla; e Porto Feliz (SP), que produz motores. A companhia emprega 6 mil funcionários no país.
Na quinta-feira passada, a General Motors (NYSE:GM) afirmou que irá deixar suas fábricas no Brasil paradas por pelo menos mais 60 dias a partir desta segunda-feira. Já a Renault, que tem um complexo de produção no Paraná, anunciou na semana passada a prorrogação da paralisação até 3 de maio.