(Reuters) - Um trabalhador rural e um assistente de horticultura processaram a Monsanto nos Estados Unidos alegando que o herbicida Roundup teria causado câncer e que a empresa intencionalmente enganou público e reguladores sobre os perigos do produto.
As ações judiciais ocorrem seis meses depois de a unidade de pesquisas sobre câncer da Organização Mundial da Saúde dizer que o glifosato, ingrediente presente no herbicida Roundup e em outros, como "provavelmente cancerígenos para humanos".
Um dos processos, apresentado no Tribunal Distrital de Los Angeles em 22 de setembro, cita como demandante Enrique Rubio, 58 anos, ex-trabalhador rural na Califórnia, Texas e Oregon, que trabalhou durante anos em campos de pepinos, cebolas e outros cultivos de vegetais.
Robin Greenwald, uma das advogadas do caso de Rubio, disse nesta terça-feira esperar que mais processos ocorram, porque o Roundup é o herbicida mais amplamente utilizado no mundo e a classificação de câncer da OMS dá credenciais para as já antigas preocupações sobre o produto químico.
A porta-voz da Monsanto, Charla Lord, disse que as alegações não têm mérito e que o glifosato é seguro para humanos quando usado como recomendado.
"Décadas de experiências dentro da agricultura e resenhas regulatórias utilizando as mais extensivas bases de dados do mundo todo sobre saúde humana da história compiladas em um produto agrícola contradizem as alegações do processo que serão vigorosamente refutadas".
(Por Carey Gillam)