Investing.com - A Tupy (SA:TUPY3) divulgou os números do terceiro trimestre deste ano, com lucro líquido de R$ 66,481 milhões, queda de 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os meses de julho e setembro de 018, a companhia registrou R$ 88,637 milhões de lucro.
Com isso, por volta das 14h05, os papéis da companhia eram negociados em queda de 3,57% a R$ 19,47.
No período, as receitas totalizaram R$ 1,339 bilhão, crescimento de 1,8% em relação a julho a setembro do ano passado, como consequência de melhor mix de produtos (CGI, usinados e serviços de engenharia), depreciação cambial e realizações de preços. Também houve crescimento expressivo das vendas de produtos usinados e CGI, que representaram 26% e 22% do volume, respectivamente. No ano passado foram os percentuais foram 19% e 13%.
A companhia teve também o melhor resultado do Ebtida da sua história, de R$ 188,7 milhões, aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebtida ajustado pela constituição/atualização de provisões, baixa de bens do ativo imobilizado, venda de inservíveis e ferramentais atingiu R$ 206,6 milhões, com margem de 15,4% e aumento de 5% na comparação com igual período de 2018. O incremento é decorrente de projetos de ganho de produtividade, melhor mix de produtos e rápida adaptação às variações de volumes.
A Tupy (SA:TUPY3) ainda informa que o fluxo de caixa operacional foi de R$ 155,3 milhões, crescimento de 105,6% em relação ao segundo trimestre de 2019; com endividamento relação dívida líquida/Ebtida ajustado de 1,29 vez, com vencimento concentrado em 2024.
O volume físico de vendas recuou 3,9% ante julho-agosto de 2018, afetado pela diminuição das vendas no segmento de transporte, infraestrutura e agricultura (-)2,8% e queda de 4,4% nos mercados externo e interno, respectivamente) decorrente, principalmente, da performance de aplicações off-road.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) destaca que o terceiro trimestre teve FCF forte (R$ 103 milhões, 50% do EBITDA), apesar dos estoques um pouco maiores no trimestre (para apoiar a realocação da produção). O investimento operacional de R$ 52 milhões foi relativamente alto, com 4,4% da receita (de 3,6% um ano atrás), mas a melhoria operacional deu suporte à alavancagem financeira para cair para 1,29x, ante 1,34x no segundo trimestre.
Para os analistas, caso não seja anunciada nenhuma fusão ou aquisição, é esperado que os níveis de dividendos continuem altamente atraentes (rendimento estimado de 8,6% para o EF19). A avaliação segue de compra com um sólido perfil de fluxo de caixa.