Por Sheila Dang e Katie Paul e Martin Coulter
(Reuters) - O Twitter fechou temporariamente seus escritórios nesta sexta-feira após dizer aos funcionários que vai informá-los mais tarde por email sobre potenciais demissões.
A empresa disse em um email para os funcionários que vai informá-los sobre os cortes às 13h (horário de Brasília), desta sexta-feira.
O anúncio ocorre após a conclusão da compra da rede social pelo bilionário Elon Musk.
No Brasil, segundo o jornal Valor, a companhia cortou parte dos 150 funcionários que mantém no país. Representantes da companhia não comentaram o assunto.
"Em um esforço para colocar o Twitter em um caminho saudável, passaremos pelo difícil processo de reduzir nossa força de trabalho global na sexta-feira", afirma a companhia no email enviado na quinta-feira e visto pela Reuters.
Musk quer demitir cerca de 3.700 funcionários do Twitter, ou aproximadamente metade dos trabalhadores da companhia, em uma estratégia de corte de custos e impor uma nova ética de trabalho, de acordo com planos internos vistos pela Reuters esta semana.
A expectativa é que a equipe de moderação de conteúdo da empresa seja um alvo dos cortes, sugeriram tuítes de funcionários da empresa nesta sexta-feira. O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Funcionários do Twitter desabafaram sobre as demissões na rede social, usando a hashtag #OneTeam.
A usuária Rachel Bonn tuitou: "Na quinta-feira passada no escritório de SF (São Francisco), foi realmente o último dia em que o Twitter foi o Twitter. Grávida de 8 meses e com um filho de 9 meses. Acabei de ser cortada do acesso ao laptop."
O Twitter disse no email que seus escritórios seriam temporariamente fechados e todo o acesso de crachá suspenso para "ajudar a garantir a segurança de cada funcionário, bem como dos sistemas do Twitter e dos dados dos clientes".
O escritório da empresa em Londres parecia deserto nesta sexta-feira, sem funcionários.
A empresa disse que os funcionários não afetados pelas demissões serão notificados por email. Já os trabalhadores cortados serão informados em seus emails pessoais.
Um membro da equipe de segurança da sede do Twitter responsável pela região Europa, Norte da África e Oriente Médio, em Dublin, disse a repórteres que ninguém estava entrando no escritório nesta sexta-feira e os funcionários foram instruídos a ficar em casa.
Uma ação coletiva foi movida na quinta-feira contra o Twitter por funcionários nos Estados Unidos. Eles argumentaram que a empresa estava realizando demissões em massa sem fornecer o aviso prévio de 60 dias, violando norte-americanas.
Musk, que aceitou pagar 44 bilhões de dólares pela rede social, determinou às equipes do Twitter a economizarem até 1 bilhão de dólares anuais em custos de infraestrutura, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto e uma mensagem interna vista pela Reuters.
"Se você estiver em um escritório ou a caminho de um escritório, por favor, volte para casa", disse o Twitter no email da quinta-feira.