Por Sheila Dang
DALLAS (Reuters) - O Twitter Inc (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34) anunciou nesta quinta-feira receita com publicidade e crescimento de usuários no quarto trimestre abaixo das expetativas do mercado, enquanto suas projeções de receitas vieram mais fracas do que o estimado por Wall Street.
Ainda assim, a empresa disse ter feito "progresso significativo" em direção à meta de atingir 315 milhões de usuários e 7,5 bilhões de dólares em receita anual até o fim de 2023, acrescentando que o crescimento de usuários deve acelerar nos Estados Unidos e internacionalmente em 2022.
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O Twitter tem almejado grandes projetos, como salas de bate-papo de áudio e boletins informativos, para acabar com uma estagnação de longa data e atrair novos usuários e anunciantes. Mas os resultados trimestrais levantaram dúvidas sobre o plano da empresa, já que analistas esperavam sinais mais rápidos de progresso.
O número de usuários ativos diários monetizáveis, ou usuários que veem anúncios, aumentou 13%, para 217 milhões, no quarto trimestre de 2021, abaixo das estimativas de analistas de 218,5 milhões, segundo dados do IBES, da Refinitiv. O resultado compara-se a 211 milhões de usuários no trimestre anterior.
A receita com publicidade no quarto trimestre cresceu 22% ano a ano, para 1,41 bilhão de dólares, contra projeção de analistas de 1,43 bilhão de dólares.
A empresa estima receita total no primeiro trimestre de 1,17 bilhão de dólares a 1,27 bilhão de dólares, mas o ponto médio desse intervalo está abaixo da média das projeções de Wall Street, de 1,26 bilhão de dólares.
O diretor financeiro Ned Segal disse, em entrevista, que o crescimento de usuários está de acordo com a meta da empresa e que o Twitter está trabalhando para aumentar a atividade de usuário, solicitando que as pessoas sigam tópicos em que estão interessadas durante o cadastro.
Ele acrescentou que a demanda por publicidade não foi tão forte nas últimas semanas do quarto trimestre quanto no início da temporada de fim de ano.
Além disso, a empresa informou que o impacto das mudanças nas políticas de privacidade nos dispositivos da Apple (NASDAQ:AAPL) permaneceu modesto. No ano passado, a Apple passou a exigir a necessidade de aprovação dos usuários do iOS para os aplicativos que quisessem rastrear suas atividades em apps e sites de outras companhias.
A Meta Platforms Inc (NASDAQ:FB), controladora do Facebook, disse na semana passada que as mudanças da Apple prejudicaram a capacidade dos anunciantes de segmentar e medir anúncios. A Meta afirmou que isso poderia ter impacto de 10 bilhões de dólares em seus negócios de publicidade neste ano.
(Reportagem de Sheila Dang)