Por Gabriel Codas
Investing.com - Nesta sexta-feira o UBS divulgou relatório a sua base de clientes cortando o preço-alvo das ações da Ambev (SA:ABEV3), com a recomendação de venda para os ativos. Na visão dos analistas, a exposição local da companhia, de mais de 50%, apresenta um vetor negativo, principalmente a medida que os estados estão restringindo a mobilidade e afetando a atividades de bares e restaurantes.
Na parte da tarde, as ações registram ganhos de 0,87% a R$ 11,55 por volta das 14h34, um pouco abaixo do desempenho do Ibovespa hoje. O principal índice acionário brasileiro subia 1,04% a 78.620 pontos.
A equipe também acredita que a estratégia de “premiumização” da companhia enfrentará uma pressão incremental dos investimentos locais da Heineken em 2020. Eles observam que a Ambev possui a maior plataforma de comércio eletrônico entre os três nomes, com 10% da receita derivada do canal, o que pode ajudar a compensar as pendências de perdas nas premissas.
O UBS se mantém à vontade com os níveis de alocação de capital e alavancagem da Ambev (alavancagem líquida <0x). O banco destaca que a Ambev retirou suas orientações para o EF20 em 24/03/20.
Assim, os analistas modelam um crescimento orgânico de 2,0% no ano, impulsionado pelo crescimento da DD no comércio eletrônico, varejo tradicional e c-stores, parcialmente compensado pelo declínio do HSD no local.
O novo preço-alvo usa um modelo esperado para 21E P/E múltiplo de 15x = (reduzido de 18x).. A revisão do múltiplo alvo de -3x reflete a desvalorização média do grupo devido ao COVID-19 e uma incerteza significativa em torno do impacto das pandemias na empresa.