WASHINGTON (Reuters) - A Grécia e seus credores fizeram progresso em Washington para chegar a um acordo que possibilitaria mais empréstimos para Atenas, mas é necessário avançar as conversas na semana que vem antes de uma importante reunião de ministros de Finanças da zona do euro em 22 de abril, disse um alto representante da União Europeia.
As conversas sobre as reformas que a Grécia necessita implementar foram suspensas durante os encontros do Fundo Monetário Internacional nesta semana porque todos os participantes viajaram para Washington, onde as reuniões aconteceram. Foram realizadas conversas bilaterais com a Grécia lá.
O ministro grego das Finanças, Euclid Tsakalotos, encontrou-se com seu colega alemão, Wolfgang Schaeuble, com o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, com a chefe do FMI, Christine Lagarde, e com o líder dos ministros da zona do Euro, Jeroen Dijsselbloem. Representantes do FMI e da Europa também discutiram a questão da Grécia em reuniões bilaterais.
"Bom progresso foi alcançado nos últimos… dias e ainda é necessário prosseguir mais para se chegar ao ponto onde podemos concluir a revisão (das reformas gregas)”, disse o comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici.
A conclusão dessa revisão é uma condição para qualquer novo empréstimo para Atenas e para o começo de quaisquer conversas sobre alívio na dívida.
Moscovici notou que representantes dos credores retornariam para Atenas na próxima semana para preparar o terreno para a reunião de ministros das Finanças da zona do euro, que começa 22 abril em Amsterdã.
“A vontade política para se chegar a um acordo está presente em todos os lados”, disse ele.
A Grécia precisa aprovar leis politicamente difíceis, como reforma previdenciária, mudanças no sistema de imposto de renda para pessoa física e lidar com empréstimos não pagos no sistema bancário.