Por Tatiana Bautzer
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Unipar (SA:UNIP3), Mauricio Russomano, está buscando um terceiro projeto para auto-produção de energia por fontes renováveis, que deve fazer com que a empresa química produza 70% do que consome até 2023.
Em entrevista nesta quinta-feira, Russomano afirmou que duas outras joint ventures de geração de energia eólica devem entrar em operação nem 2022 suprindo cerca de 50% da energia consumida.
A Unipar multiplicou o lucro líquido nos primeiros nove meses do ano, para 1,3 bilhão de reais, muito acima dos 80 milhões de reais do ano passado, mas com um efeito extraordinário de 500 milhões de ganho fiscal devido a mudanças no cálculo de impostos.
O Ebitda, de 2 bilhões de reais, foi quase o quádruplo do obtido nos primeiros 9 meses do ano passado, por conta da alta do volume de vendas e dos preços internacionais de produtos químicos.
Com uma posição de caixa de cerca de 1,4 bilhão de reais e baixa alavancagem, Russomano diz que a Unipar está em busca de oportunidades de expansão, tanto orgânicas quanto de aquisição.
A Unipar planeja construir até duas fábricas para produção de cloro e soda na região Nordeste do país. Estão sendo analisados possíveis locais para instalação na Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco ou Sergipe, afirmou.
A empresa química deve anunciar em breve uma terceira joint venture para auto produção de energia. A Unipar espera que seus dois projetos já contratados, parques eólicos na Bahia em associação com a AES e de energia solar em Minas Gerais com a Atlas Renewable Energy, comecem a fornecer energia para as unidades produtivas no ano que vem.
Em fato relevante, a companhia anunciou um programa de recompra de ações com duração de 18 meses. O programa envolve até 2,2% das ações ordinárias, 6,2% das preferenciais classe A e até 7,6% das preferenciais classe B.