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SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas está avaliando pagar dividendo aos acionistas neste ano, embora tenha acumulado resultado negativo bilionário nos nove primeiros meses de 2025, afirmou o vice-presidente financeiro da produtora de aços planos, nesta sexta-feira.
"Não temos uma decisão ainda...Estamos avaliando a possibilidade de distribuição de dividendos este ano", afirmou o vice-presidente de finanças, Thiago Rodrigues, em conferência com analistas após a publicação do balanço de terceiro trimestre da companhia mais cedo.
A Usiminas acumula até setembro um resultado negativo de R$3 bilhões, com uma margem líquida negativa em 15,1%. No terceiro trimestre, a empresa realizou testes de recuperabilidade de ativos siderúrgicos que resultaram em um impacto contábil negativo de mais de R$2 bilhões.
As ações da companhia exibiam queda de 1,4% às 12h19, enquanto o Ibovespa subia 0,44% e a rival CSN mostrava ganho de 0,3%.
Questionado sobre o baixo nível de alavancagem financeira do grupo, de 0,16 vez ao final de setembro, Rodrigues comentou que a Usiminas se sente confortável com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado abaixo de uma vez.
Já sobre os custos do grupo, o executivo comentou que a Usiminas deve voltar a apresentar redução no quarto trimestre, apoiada em preços de matérias-primas e "ganhos de eficiência". No terceiro trimestre, o custo do produto vendido da divisão de siderurgia da empresa foi de R$4.982 por tonelada, uma queda de 2,9% ante o segundo trimestre. Um ano antes, o chamado CPV/tonelada da Usiminas foi de R$5.164.
ANTIDUMPING
Uma das principais esperanças de melhora de resultados da companhia, o processo antidumping do Brasil contra produtores chineses de aços laminados a frio e revestidos não deve ter uma decisão definitiva em novembro, afirmou o vice-presidente comercial, Miguel Camejo, durante a conferência.
O executivo, porém, afirmou que a empresa tem otimismo de que o governo federal tome uma decisão definitiva de aplicar o direito antidumping entre fevereiro e março do próximo ano.
"Estamos confiantes sim", disse Camejo sobre uma decisão positiva do governo federal, que nos últimos meses adotou algumas medidas de defesa comercial do setor. "São processos muito sólidos e foram confirmados nas determinações preliminares publicadas pelo ministério", disse o executivo referindo-se ao Ministério da Indústria e Comércio. "A margem de dumping (foi) confirmada com tarifas acima de US$500 dólares por tonelada tanto para frio como para revestidos", acrescentou.
A informação já havia sido mencionada na véspera pelo presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, que citou que, no caso dos laminados a quente, a expectativa é de uma decisão definitiva entre maio e junho do próximo ano.
Questionado sobre preços de aços no Brasil, Camejo disse que a Usiminas segue "monitorando" novos aumentos após reajustes aplicados em outubro entre 4% e 7%, que vieram na sequência de preços em setembro que ficaram de 2% a 3,5% abaixo da média do terceiro trimestre por conta de "queda no mercado spot e pior mix" de produtos vendidos.
Ainda sobre preços, Camejo mencionou que a Usiminas mantém negociações iniciais com montadoras para contratos de longo prazo que vencem em janeiro, grupo que compõe 30% do setor. O restante tem contratos com a empresa que vencem em abril.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
