Investing.com - A siderúrgica e mineradora Usiminas (SA:USIM5) reportou prejuízo líquido de R$ 139 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de R$ 289 milhões no mesmo período do ano passado, registrando piora acentuada no resultado financeiro. Apesar disso, os números não foram tão ruins o quanto temia parte do mercado, fazendo com que as ações operem com forte alta. Assim, se recupera da queda de 3,07% do pregão de ontem, contaminadas pela divulgação do prejuízo da concorrente CSN (SA:CSNA3) no período.
Assim, por volta das 10h45, os papéis tinham ganhos de 3,45% a R$ 7,50.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 37%, para 441 milhões de reais, enquanto a margem Ebitda ajustada recuou para 11% ante 18%
Na visão do BTG Pactual (SA:BPAC11), os números da Usiminas (SA:USIM5) não foram tão ruins quanto eram esperados, reportando um conjunto fraco de resultados do 3T19, mas não tão deprimido quanto alguns participantes do mercado temiam. O EBITDA foi de R$ 441 milhões (-23% t/t e -37% a/a), 9% abaixo das estimativa do banco, que admite que estava otimistas demais em relação aos resultados.
Em relatório enviado a clientes, os analistas informam que nas últimas semanas ouviram de vários investidores questionamento sobre a possibilidade de um EBITDA de R$ 400 milhões ou menos, portanto, o número fica um pouco acima do que pessimistas estavam esperando.
O BTG (SA:BPAC11) destaca ainda que a Usiminas (SA:USIM5) anunciou que rolou mais de R$ 2 bilhões em dívidas e utilizou um recebível da Eletrobras (SA:ELET3) de R$ 751 milhões (~ 8% de seu valor de mercado) para amortizar a dívida, o que acreditam ser uma notícia positiva. No geral, os resultados um pouco melhores do que se temia. Com isso, o banco segue cauteloso com o nome.
O volume de vendas de aço no período somou 1 milhão de toneladas, queda de 7% na comparação anual, enquanto as vendas de minério de ferro atingiram 2,5 milhões de toneladas, aumento de 39%.
Os números da companhia foram afetados pelo resultado financeiro, que ficou negativo em 445 milhões de reais, uma elevação de 431% em relação ao trimestre anterior, negativo em 84 milhões de reais, principalmente devido a perdas cambiais e provisões para demandas judiciais.
A dívida bruta consolidada atingiu 5,9 bilhões de reais, uma elevação de 7,1% em relação ao segundo trimestre, principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar em 8,7% no período, que impactou a parcela do endividamento em moeda estrangeira.