O laboratório alemão BioNTech (NASDAQ:BNTX), parceiro da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)na produção de vacinas contra o coronavírus, informou, nesta sexta-feira, 26, que espera ter, em até duas semanas, os primeiros resultados dos estudos que vão determinar se a nova variante da covid-19 identificada na África do Sul é capaz de escapar da proteção oferecida pelo imunizante.
Com alto número de mutações, essa cepa tem colocado autoridades, mercado e cientistas em alerta. Entre quinta-feira, 25, e sexta-feira, 26, houve queda das bolsas e países como Reino Unido e Israel impuseram novas restrições a viajantes vindos da África do Sul.
Segundo a BioNTech, essa cepa, chamada de B.1.1.529, "difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike". Ainda não há, porém, confirmação científica de que a variante esteja ligada a escape vacinal nem que seja mais transmissível.
Se for considerada uma variante de preocupação pelo Organização Mundial da Saúde (OMS), ela deve ser chamada de Nu, a próxima letra grega - esse alfabeto é usado para nomear essas mutações.
A Pfizer e a BioNTech tem se preparado para adaptar seu imunizante em menos de seis semanas caso apareça uma variante resistente ao produto.
A entrega das primeiras doses ajustadas, conforme as empresas, poderia ser feito em cerca de cem dias.
A Pfizer é um dos quatro imunizantes usados na campanha nacional de vacinação do Brasil, junto de Coronavac, AstraZeneca (LON:AZN) e Janssen. Ainda não existem informações sobre o desempenho dessas outras marcas ante a nova cepa identificada.
Segundo a Rede para Vigilância Genômica da África do Sul, a variante já foi identificada em amostras coletadas de 12 a 20 de novembro em Gauteng, Botswana e em Hong Kong, de um viajante sul-africano. "Podemos fazer algumas previsões sobre o impacto das mutações nesta variante, mas ainda é incerto, e as vacinas continuam a ser a ferramenta crítica para nos proteger", disse a instituição.
Nesta sexta-feira, 26, o governo sul-africano fará uma sessão de urgência com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a evolução do vírus. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS