Investing.com - Na tarde desta segunda-feira na bolsa paulista, as ações da Vale (SA:VALE3) operam com queda de 1,33% a R$ 52,02 na bolsa paulista. Mais cedo, a companhia reportou que as vendas de minério de ferro e pelotas caíram 18,2% no segundo trimestre, ante mesmo período de 2018, enquanto a produção de minério de ferro recuou 33,8% na comparação anual, em meio a paradas de minas após o desastre em Brumadinho (MG).
O volume de vendas de minério e pelotas somou 70,8 milhões de toneladas entre abril e junho. Na comparação com o primeiro trimestre, porém, as vendas cresceram 4,5%, devido ao consumo de estoques no exterior, disse a empresa.
Além do impacto do rompimento da barragem, no final de janeiro, um desastre que deixou centenas de mortos, o recuo teve a contribuição de fortes chuvas no Sistema Norte, em abril e início de maio.
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), os números de produção da Vale no segundo trimestre mostram um cenário inegavelmente pressionado. No entanto, eles enxergam tendências positivas para o segundo semestre de 2019. Apesar dos números, a recomendação segue de compra.
Em documento enviado a clientes, os analistas do banco destacam que a recuperação dos embarques de minério de ferro no segundo trimestre foi frustrante, com a companhia apontando para aumento de custos da C1, que vão seguir pressionados com o aumento dos custos com o período de demurrage nos portos.
Apesar disso, a equipe ainda acredita que as expectativas de EBITDA de US$ 4,8-4,9 bilhões no segundo trimestre está garantida e não enxerga motivos para alterar isso por enquanto. Para eles, o segundo semestre deve ser muito forte, , com o EBITDA superando confortavelmente US$ 6 bilhões por trimestre, com os níveis atuais de preços.
Outro ponto de destaque é que a Vale não alterou seu guidance de embarque de minério de ferro para 2019 de 307-332M, orientando para uma faixa de “ponto médio”, que o BTG acredita ser a melhor previsão em torno de 320Mt.