Por Gabriel Codas
Investing.com - A Vale (SA:VALE3), em meio ao momento de recessão global, espera passar pela crise causada pelo avanço do coronavírus sofrendo menos, uma vez que seu segmento de commodities está sendo menos afetado, além de ter menor custo de produção e a recuperação da China é positiva.
Com isso, por volta das 11h50, os papeis da mineradora operavam com queda de 3,21% a R$ 43,10.
Apesar disso, e com um caixa robusto, a mineradora a fez um saque de crédito rotativo de US$ 5 bilhões e tirou do horizonte de curto prazo a retomada do pagamento de dividendos. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor-executivo de finanças da mineradora, Luciano Siani destacou que a política está suspensa, explicando que ninguém sabe se estamos diante de algo que vai durar três, seis ou 12 meses
“Não é possível ver uma empresa que sacou uma linha de crédito rotativa como nós fizemos pagando dividendo. A primeira condição é uma retomada de normalidade para que se possa pagar o dinheiro adicional que pegou e aí então pensar em dividendo”, disse o executivo à reportagem.
Segundo Siani, o mundo atual, essa questão do dividendo não se apresenta, com o investidor entendendo que, nesse momento, o importante é preservar a saúde financeira da companhia. Sobre a linha de crédito, ele explicou que o acesso foi uma decisão em linha o que tem acontecido por todo o mundo.
“É absolutamente esperado que, num momento de tamanha incerteza, as companhias lancem mão de liquidez. Foi um seguro para com tranquilidade poder tomar as decisões e aguardar o que vem”.
Desde 16 de março, a Vale adotou o trabalho remoto para empregados com funções elegíveis a home office e afirma tentar manter somente os serviços essenciais, apesar de reclamações de alguns sindicatos.