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Vale: veja perguntas e respostas sobre a sucessão no comando da empresa

Publicado 04.03.2024, 08:59
Atualizado 04.03.2024, 08:59
©  Reuters Vale: veja perguntas e respostas sobre a sucessão no comando da empresa

O mandato do presidente da Vale (BVMF:VALE3), Eduardo Bartolomeo, se aproxima do seu fim, e sua sucessão permanece indefinida. A ingerência do governo federal sobre quem deve assumir a mineradora gerou uma divisão entre os acionistas da companhia. A última reunião do conselho de administração da companhia para discutir o tema foi inconclusiva.

LEIA TAMBÉM: Previ quer que Vale publique ata de reunião que expôs racha sobre quem deve comandar companhia

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na companhia, voltou a falar sobre a empresa. Na última terça-feira, 27, Lula disse que a empresa Vale "não pode pensar que é dona do Brasil" e que "as empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro". Veja a seguir perguntas e respostas sobre a sucessão pelo comando da Vale.

O que é a Vale?

Privatizada em 1997, a Vale é hoje uma multinacional da mineração. É uma das maiores produtoras de minério de ferro, de pelotas e de níquel do mundo. A empresa foi fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce (F:VALE3) (CVRD) para a exploração das minas de ferro na região de Itabira, em Minas Gerais.

A Vale anunciou, no último dia 22, um lucro de R$ 39,94 bilhões em 2023, cifra que representa uma queda de 58% frente o resultado do ano anterior. O desempenho mais fraco se deve a perdas cambiais e ao menor preço médio realizado pelos insumos no período.

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Quem é o atual presidente da Vale? Quando termina o seu mandato? O atual presidente da Vale é Eduardo Bartolomeo e seu mandato está previsto para terminar no dia 26 de maio de 2024.

Como é o processo de escolha do presidente da Vale?

No início de fevereiro, a Vale esclareceu que seu Estatuto Social define que a escolha do Presidente da companhia é de competência exclusiva do Conselho de Administração, formado por 13 conselheiros. O Conselho está avaliando a eventual renovação do mandato do atual presidente, Bartolomeo, ou a realização de processo sucessório.

O comunicado foi uma resposta a questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias publicadas na imprensa sobre a situação. De acordo com a mineradora, o processo está "em conformidade com as legislações aplicáveis e com as melhores práticas de governança corporativa, presentes no Estatuto Social da Companhia".

O Conselho de Administração conta com o apoio do Comitê de Pessoas e Remuneração. Segundo a Vale, a decisão sobre a renovação do mandato ou a escolha de sucessor poderá ocorrer até o término previsto do mandato em vigor, ou seja, dia 26 de maio.

A última reunião do Conselho foi no dia 22 de fevereiro, sem conclusão sobre a sucessão. No momento não há nova reunião extraordinária marcada, segundo apuração do Broadcast/Estadão. Os conselheiros estão dedicados aos comitês de assessoramento, disse uma fonte, e as conversas estão ocorrendo nos bastidores.

Como está a sucessão do atual presidente?

O Conselho de Administração da empresa está dividido. Após algumas reuniões, ainda não houve decisão devido a um empate. Enquanto isso, o impasse começa a afetar os papéis da mineradora, que já recuaram cerca de 15% neste ano.

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Se o colegiado decidir que Bartolomeo não deve ser reconduzido, deverá escolher um nome numa lista tríplice a ser apresentada por uma consultoria especializada.

Na quinta-feira passada, 22, seis conselheiros, de um total de 13, votaram pela troca do atual presidente, Eduardo Bartolomeo. O grupo inclui os representantes da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), por meio do qual o governo exerce influência na empresa; da Bradespar (BVMF:BRAP4), o braço de investimentos do Bradesco (BVMF:BBDC4); o representante dos funcionários na companhia e minoritários brasileiros. Do outro lado, sócios estrangeiros da companhia e independentes querem evitar maior influência do governo na companhia. O representante da Cosan (BVMF:CSAN3) se absteve.

O que quer o governo?

Integrantes do governo têm alegado, nos bastidores, que é necessário um novo presidente que permita o alinhamento de agendas da empresa com o Executivo federal. Auxiliares de Lula dizem esperar contar com a empresa para auxiliar no crescimento da economia e na geração de empregos. Defendem, por exemplo, que a empresa internalize partes da cadeia de exportação do minério de ferro, como a pelotização e a briquetização, feitas hoje no Golfo do México e no Oriente Médio.

O tema da sucessão na Vale começou a ser debatido no ano passado, com o governo Lula indicando que gostaria de ver o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO. O ministro Alexandre Silveira chegou a defender a indicação a acionistas da empresa. Dois representantes do Conselho de Administração da companhia - Daniel Stieler, presidente do colegiado, e Ollie Oliveira, líder dos conselheiros independentes - se encontraram com Silveira para argumentar contra a intervenção em favor de Mantega. No dia seguinte, o governo recuou e desistiu de tentar emplacar Mantega no cargo de CEO da mineradora. Silveira negou publicamente a ofensiva.

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O que querem os conselheiros?

Seis conselheiros ligados a investidores estrangeiros, como os fundos BlackRock (NYSE:BLK) e Capital, a Mitsui e independentes, votaram pela permanência de Bartolomeo. Para esse grupo, a extensão do mandato de Bartolomeo por pelo menos mais um ano garantiria a continuidade do trabalho, blindando a companhia da intromissão do governo Lula.

Quem é cotado para a presidência da Vale?

Entre os nomes que passaram a circular nos últimos dias, voltou o do ex-presidente do Banco do Brasil Paulo Caffarelli, que integrou a equipe de Mantega no Ministério da Fazenda em 2014. Desde que deixou o governo, o executivo construiu uma carreira no setor privado, dirigindo a Cielo (BVMF:CIEL3) e a Simpar (BVMF:SIMH3), uma holding de logística. Ele também foi conselheiro da Vale. Uma das vantagens do executivo na disputa é o apoio da Previ, principal ator contra a permanência de Bartolomeo, e seu trânsito no mercado.

Luiz Henrique Guimarães, representante da Cosan no Conselho de Administração da empresa, é outro cotado para o cargo, caso Bartolomeo não seja reconduzido. Guimarães já foi CEO da Cosan, Raízen (BVMF:RAIZ4) e Comgás (BVMF:CGAS5). (Com informações de Mariana Carneiro e Juliana Garçon)

Últimos comentários

Inicialmente o governo deveria assumir os passivos da empresa… bnde, tesouro etc .Aí começaremos uma conversa. “ Nabunadanãovadinha ??? ” Como isso não ocorrerá… Vai lavar uma louça Phorra!
Insistir que uma empresa do tamanho da Vale gere empregos é errado? Fora os malefícios de responsabilidade da Vale nos últimos anos por conta das barragens?
Um passo atrás.
Governo não deve interferir em empresas privadas. Isto acontece muito em ditaduras.
Ladrao esse desgracado
VALE SENDO SABOTADA PELO GOVERNO.
é uma tara pra roubar a vale esse lula, vou te contar...
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