Venda de veículos novos no Brasil cresce em julho com antecipação de compras

Publicado 04.08.2025, 15:20
Atualizado 04.08.2025, 16:05
© Reuters. Carros novos estacionados em fábrica da Volkswagen em Taubatén19/06/2015nREUTERS/Paulo Whitaker

SÃO PAULO (Reuters) -Os licenciamentos de carros e comerciais leves cresceram no Brasil em julho ante o mesmo período do ano passado e ante junho, impulsionados por redução na carga tributária que entrou em vigor no início do mês passado, anunciou a associação de concessionários, Fenabrave, nesta segunda-feira.

As vendas de carros e comerciais leves em julho somaram 229,95 mil unidades, um crescimento de 13,75% ante o mês anterior e avanço de 1,18% na relação anual. No acumulado de janeiro ao final de julho, as vendas do segmento cresceram 4,4%, a 1,36 milhão de unidades.

O programa Carro Sustentável lançado pelo governo federal em julho reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), algo que o presidente da Fenabrave afirmou que contribuiu para a alta das vendas.

"A nova política de IPI para automóveis impactou os preços dos veículos de entrada, o que estimulou a demanda já no mês da sua implementação e deve refletir nos emplacamentos do restante do ano, fazendo com que o setor mantenha o crescimento estimado pela Fenabrave, de 5%", disse Arcelio Junior em comunicado à imprensa.

As vendas de caminhões novos fecharam julho com salto de 25,7% ante junho, algo que a Fenabrave atribuiu em parte ao número de dias úteis maior de emplacamentos do mês passado ante o anterior.

Na comparação com julho de 2024, as vendas de caminhões novos caíram 5%.

"Neste ano, além deste fator (dias úteis), a redução na expectativa de volume total de emplacamentos para o ano estimulou fabricantes e concessionários a adotarem postura mais agressiva de vendas, para acelerar o giro dos estoques", disse o presidente da Fenabrave.

No ano, o segmento de caminhões acumula queda de 3,85% nos emplacamentos, a 63,9 mil veículos. A expectativa da Fenabrave é de queda de 7%, pressionada pelo ambiente de juros elevados que dificulta investimentos.

No total, as vendas de veículos novos, incluindo caminhões e ônibus, somaram 243,2 mil veículos em julho, crescimento de 14,25% ante junho e alta de 0,8% ante o mesmo mês de 2024, segundo os dados da entidade. O acumulado mostra alta de 4,1% nos emplacamentos sobre um ano antes, a 1,44 milhão de unidades.

ELETRIFICADOS

Os emplacamentos de veículos híbridos e elétricos cresceram 17,9% em julho ante junho e saltaram 64,3% na comparação anual, acumulando de janeiro ao mês passado 139,2 mil licenciamentos, crescimento de 47,2%, segundo os dados da entidade.

A líder no segmento de híbridos e totalmente elétricos no acumulado do ano, BYD (SZ:002594), vendeu 28.561 modelos híbridos e 28.821 elétricos.

A segunda posição de eletrificados é ocupada pela Fiat, da Stellantis (NYSE:STLA), no caso de híbridos, com vendas de 24.666 no acumulado do ano. Em elétricos puros, a Volvo ocupa a segunda posição, com vendas de 2.927 veículos de janeiro a julho.

A GWM ficou na terceira colocação nos rankings de híbridos e elétricos da Fenabrave no acumulado do ano, com vendas de 17.631 e 1.560 veículos, respectivamente.

AGRÍCOLAS

A Fenabrave ainda citou dados de máquinas agrícolas, com tratores mostrando crescimento de 9% em junho sobre um ano antes, somando no primeiro semestre expansão de 19,7%, segundo a entidade, que não citou números unitários. "O cenário se mantém, com alguns setores do agro investindo e outros em posição mais conservadora", afirmou Arcelino Junior.

Já as colheitadeiras foram impulsionadas pela sazonalidade da safra de milho e as vendas dispararam 44% sobre junho de 2024, avançando 7,1% no acumulado do semestre sobre um ano antes.

(Por Alberto Alerigi Jr.Edição de Pedro Fonseca)

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