Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - As vendas de carros na União Europeia devem aumentar 7,9% este ano à medida que os problemas de fornecimento de semicondutores diminuem, mas ainda estarão cerca de 20% abaixo dos níveis pré-pandemia de 2019, disse a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) nesta terça-feira.
A associação, que representa as 16 principais montadoras sediadas na Europa, disse que o crescimento em 2022 vai ocorrer após queda de 2,4% de 2021 guiada pela falta de componentes eletrônicos, especialmente durante a segundo metade do ano passado.
A ACEA disse em comunicado que o fornecimento de chips deve se estabilizar em 2022, permitindo que os emplacamentos na União Europeia subam para 10,5 milhões de veículos.
A ACEA também apontou para os veículos elétricos que agora representam quase 20% dos carros novos vendidos no bloco europeu e citou que a implantação da infraestrutura de recarregamento de baterias está atrasada.
“As vendas de carros elétricos aumentaram mais de 10 vezes entre 2017 e 2021, enquanto o número de carregadores públicos na União Europeia cresceu menos de 2,5 vezes no mesmo período”, disse Oliver Zipse, presidente da ACEA e presidente-executivo da BMW.
"Se esta situação não for resolvida com urgência por meio da introdução de metas ambiciosas para todos os Estados membros da UE, teremos problemas muito em breve", disse o executivo.
A União Europeia também está deliberando uma proposta de regulamento de infraestrutura de combustíveis alternativos, que a ACEA disse que precisa ser fortalecida para garantir que a Europa construa uma rede de carregamento suficientemente densa.