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Por Ilona Wissenbach e Rachel More
BERLIM (Reuters) - A Volkswagen disse aos seus trabalhadores nesta quarta-feira que não pode descartar paradas de produção devido a problemas na cadeia de suprimentos, em um sinal de como uma disputa sobre a fabricante holandesa de chips Nexperia está ameaçando perturbar o setor automotivo da Europa.
Os órgãos da indústria automobilística soaram o alarme sobre o possível impacto na produção, depois que o governo holandês assumiu o controle da Nexperia, de propriedade chinesa, no mês passado, citando preocupações com a propriedade intelectual, enquanto a China restringiu as exportações de seus produtos acabados, necessários para as montadoras europeias.
A VW emitiu uma carta interna para a equipe dizendo que a produção ainda não havia sido afetada pela escassez de chips, disse um porta-voz da empresa à Reuters.
"Em vista da situação dinâmica, no entanto, não podemos descartar um impacto sobre a produção no curto prazo", acrescentou o porta-voz.
Nesta quarta-feira, o jornal alemão Bild informou sobre o memorando interno da VW.
A reportagem do Bild, citando fontes familiarizadas com os planos, também disse que as paradas de produção foram planejadas a partir da próxima quarta-feira devido aos problemas, afetando primeiro os veículos Golf e depois outros modelos.
O porta-voz da Volkswagen se recusou a comentar a "especulação" sobre a paralisação de quarta-feira, acrescentando que a empresa está monitorando a situação cuidadosamente.
A Volkswagen interromperá temporariamente a produção de seus modelos Golf e Tiguan em sua fábrica central de Wolfsburg na sexta-feira para lidar com uma questão de estoque não relacionada, disse a empresa.
A montadora disse que não há conexão entre essas medidas e os problemas de fornecimento de chips.
O Bild também citou fontes não especificadas, dizendo que a Volkswagen iniciou discussões com as autoridades trabalhistas sobre a opção de lançar um esquema de horas de trabalho reduzidas apoiado pelo Estado, afetando potencialmente dezenas de milhares de funcionários.
A VW se recusou a comentar o assunto.
(Reportagem de Ilona Wissenbach e Ludwig Burger)
