Por Stephen Culp
NOVA YORK (Reuters) - As ações dos EUA fecharam em queda forte nesta quarta-feira depois que dados de inflação mais altos do que o esperado jogaram água fria nas esperanças de que o Federal Reserve começará a cortar as taxas de juros já em junho.
Todos os três principais índices de ações caíram acentuadamente já na abertura do pregão, depois que o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Departamento do Trabalho ficou acima das expectativas, um lembrete de que o caminho da inflação de volta à meta de 2% do Fed continuará sendo longo e sinuoso.
A ata da reunião de política monetária de março do Fed refletiu preocupações de que o progresso da inflação em direção à meta pode ter estagnado, e a política monetária restritiva pode precisar ser mantida por mais tempo do que o previsto.
As ações sensíveis à taxa de juros foram as mais atingidas, com o setor imobiliário encaminhado para sua maior queda percentual em um dia desde junho de 2022.
Os mercados financeiros agora precificaram uma probabilidade cada vez menor, de 16,5%, de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed em junho, ante 56,0% pouco antes da divulgação do relatório, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
O Dow Jones caiu 1,09%, para 38.461,51 pontos. O S&P 500 perdeu 0,95%, para 5.160,64 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,84%, para 16.170,36 pontos.
Dos 11 principais setores do S&P 500, todos terminaram no território negativo, exceto o de energia, com as ações do setor imobiliário sofrendo a queda mais acentuada.
Os investidores agora se concentrarão no relatório de preços ao produtor norte-americano na quinta-feira, para obter uma imagem mais clara da inflação de março, e no início não oficial da temporada de balanços do primeiro trimestre. Na sexta-feira, um trio de grandes bancos -- JPMorgan (NYSE:JPM) Chase, Citigroup e Wells Fargo (NYSE:WFC) -- divulgará seus resultados.